Agência Brasil
RIO - O controle de doping nos Jogos Parapan-americanos do Rio de Janeiro obedecerá normas do código antidoping adotado pelo Comitê Internacional Paraolímpico (IPC).
O IPC usa a lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidoping, atualizada anualmente com o surgimento de novos estimulantes.
A metodologia de controle de doping no Parapan é a mesma dos XV Jogos Pan-Americanos do Rio, quando os atletas eram sorteados sem aviso prévio, a partir da chegada à Vila Pan-Americana até o dia da cerimônia de encerramento.
O diretor médico do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Roberto Vital, disse que a sistemática é rigorosa e vem sendo adotada conjuntamente entre os comitês olímpico e paraolímpico desde os Jogos de Atenas.
- O controle é o mesmo desde as Olimpíadas de Atenas. Todos eles são regidos pela Agência Mundial Antidoping. E os métodos de substâncias proibidas são os mesmos, tanto para os atletas olímpicos como os paraolímpicos - diz.
Roberto Vital informou ainda que desde que a metodologia de controle foi estendida aos atletas paraolímpicos, foram detectados 10 casos de doping nos jogos na Grécia, todos de competidores estrangeiros.
Segundo o diretor-médico do Comitê Paraolímpico Brasileiro, até agora não foram registrados casos de doping de atletas brasileiros.
- Desde a Olimpíadas de Sidney, na Austrália, todos os atletas que foram convocados se submeteram ao exame antidoping. Nós fazemos normalmente esse controle para evitar sobressalto durante as competições - afirma.
- E todos os atletas são orientados a não fazer uso de medicamentos e substâncias sem prescrição de médicos, principalmente de médicos do esporte - completa.
A estimativa para os III Jogos Parapan-americanos, segundo Vital, é de que sejam realizados cerca de 150 exames num universo de mais de 1300 atletas, conforme determinação do Comitê Internacional Paraolímpico (IPC).
As amostras colhidas serão analisadas pelo Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O Ladetec é um dos três laboratórios na América Latina licenciados pela Agência Mundial Antidoping.