Os investidores se animaram após a Agência Nacional de Taxas do Japão informar que os preços dos imóveis no país aumentaram 8,6% em 2006. Em Tóquio, os preços avançaram 17%, registrando alta pelo terceiro ano consecutivo.
A notícia, somada ao bom desempenho de Wall Street e ao crescimento da assinatura de contratos de compra de casas nos Estados Unidos, diminuiu os temores sobre a crise hipotecária norte-americana, impulsionando as ações do setor imobiliário japonês.
No entanto, a volatilidade gerada por movimentos no mercado de futuros fez o Nikkei 225 durante o pregão. Em determinado momento, o índice recuou até 1,79%, para 16.652,80 pontos, com os investidores aguardando pela divulgação dos balanços das companhias.
Destaque para o setor imobiliário, o mais beneficiado na sessão. As ações da Tokyu Land Corp. dispararam 7,86% e as da Mitsubishi Estate avançaram 6,31%. O bom desempenho do setor também impulsionou os papéis das companhias de crédito ao consumidor e seguradoras. Os títulos da Credit Saison subiram 2,70% e os da Dawa Securities Group aumentaram 1,56%.
No entanto, as instituições financeiras japonesas acumularam perdas. As ações da Mizuho Financial caíram 4,70%, registrando seu nível mais baixo desde outubro de 2005. Já os papéis da Mitsubishi UFJ Financial diminuíram 1,65%.
Apesar da valorização da moeda japonesa frente ao dólar e ao euro, os papéis das companhias automotivas foram prejudicados após as montadoras japonesas anunciarem queda nas vendas de veículos nos Estados Unidos, durante o mês de junho.
A Toyota reportou uma redução de 7,4% nas vendas e os títulos da montadora encerraram o pregão com baixa de 0,42%. Já as ações da Honda Motor diminuíram 1,65% e as da Nissan recuaram 0,96%.
Outras companhias exportadoras também encerraram o dia em terreno negativo, afetadas pelos maus resultados corporativos. Os papéis da Casio Computer despencaram 4,60% depois que a companhia reportou uma queda de 78% no lucro operativo do trimestre. Já os títulos da Pioneer perderam 4,51% após a empresa revelar que sua unidade de televisores de plasma registrou vendas 40% menores no trimestre.