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Cautela sobre crédito provoca queda em Tóquio

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A Bolsa de Tóquio fechou com forte queda nesta quarta-feira, com os investidores temerosos sobre o mercado de crédito nos Estados Unidos. O índice Nikkei 225 caiu 2,19%, para 16.870,98 pontos, registrando seu menor nível desde 16 de março. Já o indicador Topix, que reúne todos os valores da primeira sessão, recuou 2,18%, para 1.668,85 pontos.

Ontem, o fundo American Home Mortgage Investment Corp. admitiu estar incapacitado de tomar empréstimos por meio de suas linhas bancárias. A notícia reascendeu as preocupações sobre uma possível contração internacional de crédito - do tipo subprime (alto risco) - na economia norte-americana.

A situação foi agravada após o Australia's Macquire Bank alertar que os investidores do setor varejista enfrentariam perdas de até 25% em dois fundos de alto risco, intensificando a cautela sobre a crise hipotecária nos Estados Unidos.

Entre as maiores perdas do Nikkei 225, destaque para as instituições financeiras e as companhias de crédito ao consumidor. As ações da Mizuho Financial despencaram 9,03% e as da Mitsubishi UFJ Financial caíram 4,72%. Já os papéis da Credit Saison recuaram 5,12% e os da Nomura Holdings perderam 3,49%.

As empresas imobiliárias e de seguros também foram prejudicadas. Os títulos da Heiwa Real Estate tiveram baixa de 5,35% e os da Dawa Securities Group diminuíram 4,47%.

Ainda em terreno negativo, as ações da TDK despencaram 12,37%, liderando as perdas do pregão após a fabricante de produtos eletrônicos reportar um recuo de 10,5% nos lucros operativos do trimestre.

A valorização da moeda japonesa frente ao dólar e ao euro motivou a queda dos papéis de companhias exportadoras. Os títulos da Sony registraram baixa de 2,85% e os da Advantest Corp. caíram 4,53%.

No patamar positivo, as ações da Konami avançaram 4,44% depois que a empresa anunciou fortes lucros no trimestre. Os resultados foram atribuídos ao alto volume nas vendas de jogos de video-game. Já os papéis da Ibiden, fabricante de filtros de combustíveis, dispararam 9,1% após a companhia elevar sua previsão de lucros para o próximo semestre.