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Rabino Henry Sobel encontra o papa, mas desiste de pedir perdão

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REUTERS

SÃO PAULO - O rabino Henry Sobel participou nesta quinta-feira do encontro de religiosos com o papa Bento 16. Ele disse que não houve oportunidade para pedir perdão ao pontífice por um incidente em que foi acusado de roubo de gravatas, como pretendia.

- Não houve tal momento. O momento não foi propício. O tempo era curto demais - disse Sobel a jornalistas.

Dizendo-se "leve e alegre" com a reunião, ele contou que foi ao encontro do papa com a intenção de externar seu arrependimento pela acusação do roubo de gravatas ocorrida nos Estados Unidos no final de março.

- Eu estava disposto, simplesmente não tivemos um momento oportuno - afirmou.

Preferiu destacar que "não é todo dia que um rabino recebe uma bênção do papa.

- Pedi também permissão ao papa para poder abençoá-lo e a autorização me foi dada.

Sobel, presidente da Congregação Israelita Paulista, se reuniu com Bento XVI no Mosteiro de São Paulo, onde o papa está hospedado, em um encontro inter-religioso com um representante da comunidade muçulmana, Armando Hussein Saleh, e Walter Altmann, da igreja luterana.

- Não chegamos a discutir nenhum assunto polêmico - disse Hussein Saleh. Ele entregou uma carta ao papa, mas não quis divulgá-la. Afirmou apenas que tratava do bem-estar da sociedade e principalmente do papel da mulher.

No encontro de cerca de 15 minutos, realizado antes do almoço, o papa e os religiosos ficaram de pé e trocaram saudações. Bento XVI entregou a cada um uma medalha gravada em latim com o nome do pontífice.

- Foi um encontro fraterno em que ficou reafirmado o compromisso das Igrejas em favor da paz e da ética - disse Altmann. - Esse encontro representa um estímulo para o aprofundamento do diálogo ecumênico.