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Esquema de segurança do Pan gera dúvidas quanto à execução

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Frederico Zartore, Agência JB

RIO - Os generais afastados da chefia de segurança dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, Sérgio Rosário e Juarez Genial, afirmaram, em depoimento à Comissão de Segurança da Câmara, que antes de serem demitidos pelo Comitê Organizador dos Jogos (CO-Rio) o planejamento de segurança dos Jogos não estava concluído e que corre o risco de ter falhas na execução.

- Hoje (quarta-feira), a 64 dias do início dos Jogos, ainda não houve treinamento mínimo para operar os equipamentos de segurança adquiridos, que ainda não foram entregues às forças policiais afirma Rosário.

No documento que consta a demissão, o presidente do comitê organizador, Carlos Arthur Nuzman, assinala apenas que havia terminado o período de planejamento e que a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) ficaria responsável pelo trabalho dali em diante. Segundo Rosário, essa medida é prejudicial ao planejamento de segurança.

- Isso prejudica a transmissão dos conhecimentos adquiridos durante o planejamento para os que darão continuidade aos trabalhos explica.

O esquema de segurança do Pan contará com a Força Nacional de Segurança Pública e as polícias estaduais. Para os militares as forças de segurança deveriam seguir um comando único, mas acreditam que essa proposta não será seguida e acreditam que isso pode ser um dos problemas na operação.

- As forças policiais estão preparadas para patrulhamentos cotidianos, mas desconhecem os conceitos que envolvem um megaevento como o Pan comenta Genial.

Na semana passada o secretário Nacional de Segurança, Luiz Fernando Corrêa, anunciou um aumento nos gastos com a segurança no Pan de R$ 385 milhões para R$ 562 milhões. A previsão inicial de gasto era de R$ 271 milhões, menos da metade do valor atual.