Nesta quinta-feira (17), o Bondinho Pão de Açúcar recebeu as primeiras atividades da Virada Sustentável Rio 2019. Às 8h, o professor de meditação transcendental Klebér Tani conduziu uma prática para a aproximadamente 60 pessoas. Depois foi a vez do Instituto Vida Livre realizar uma soltura de espécies de pássaros resgatados do tráfico de animais, no Morro da Urca. Entre eles, um tiê-sangue, símbolo da Mata Atlântica e do Rio.
Estiveram presentes o Secretário Municipal do Meio Ambiente Bernardo Egas; Roched Seba, Diretor do Instituto Vida Livre; Sandro Fernandes, CEO do Bondinho Pão de Açúcar; Mariana Amaral, idealizadora da Virada Sustentável e Renato Saraiva, diretor da Virada Sustentável Rio. “Promovemos essa atividade, que chamamos de “Meditação nas Alturas”, para lembrar que saúde e bem-estar são fundamentais para a promoção da sustentabilidade. Além do pilar ambiental, sustentabilidade também fala sobre a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e pacífica para todos”, disse Renato Saraiva.
À noite, o destaque da programação da Virada Sustentável Rio é um palco comandada por mulheres no Circo Voador a partir das 19h. A cirandeira mais famosa do mundo, Lia de Itamaracá, fará um encontro memorável com o Jongo da Serrinha. Também se apresentam a emblemática banda As Bahias e a Cozinha Mineira e o grupo lúdico e poético Slam das Minas RJ. A Feira Crespa marca presença com venda de artigos produzidos por empreendedoras e militantes da beleza negra.
Até o dia 20 de outubro a programação é repleta de atividades culturais, exposições de artes visuais, oficinas, performances, atividades infantis, rodas de conversa e painéis de debate com temática ambiental, social e econômica. As atrações são extremamente plurais e incluem, além do Circo Voador, fóruns de discussão na Casa Firjan, regatas ecológicas na Baía de Guanabara, contação de histórias, Feira Verde e debate sobre novas formas de consumo no IED, uma festa matinal, empreendedorismo materno, oficina de captação da água da chuva, entre diversas outras atividades para todas as idades. A programação já está disponível no site www.viradasustentavel.org.br, e é possível filtrar as opções por dia, local ou tipo de atividade.
A Virada Sustentável tem como propósito aumentar o engajamento da sociedade em relação à sustentabilidade, unindo causas e organizações transformadoras. O eixo da programação é constituído pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
O festival tem o propósito de promover uma grande mobilização comunitária para a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e sustentável, por isso uma das características da Virada é a realização de atividades em comunidades e bairros em todas as zonas da cidade. Esse objetivo é alcançado por meio da articulação e parceria com diversas organizações e coletivos sociais. Neste ano, a Virada Sustentável alcança mais de 30 bairros, de Sepetiba e Campo Grande, na zona oeste, a Ramos e Madureira, na zona norte, além das cidades de Niterói, São Gonçalo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São João do Meriti.
O Fórum Virada Sustentável, parte do maior festival do Brasil de cultura, mobilização e educação para a sustentabilidade, será realizado no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de outubro. Serão 16 painéis, todos com relação direta aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - agenda global da ONU crucial para o planeta e humanidade - composta por 169 metas a serem alcançadas até 2030. Lideranças indígenas, jovens ativistas e formadores de opinião debaterão pautas ambientais, sociais e econômicas com pessoas do terceiro setor, academia e poder público.
A organização da Virada Sustentável estima que cerca de mil pessoas circularão entre o auditório e o Lab Cocriação da Casa Firjan, em Botafogo - sede do fórum na edição 2019 do Rio de Janeiro - para debater questões atuais e urgentes, como conservação da Amazônia, mudanças climáticas, preservação dos oceanos e recursos hídricos, ativismo midiático e juvenil, liberdade de expressão artística e cultural, segurança pública, diversidade e equidade de gênero, potência das favelas, educação para sustentabilidade, mobilização social, economia circular, empreendedorismo feminino, alimentação e fome zero.
Arte, cultura, educação, promoção de saúde e bem-estar, ação e conhecimento são as bases das centenas de atividades que acontecem nos dias 18, 19 e 20 nestes dois endereços. No Parque Lage serão 10 espaços com atividades da Virada Sustentável, já o Sesc Tijuca reservou 11 locais para abrigar atividades, entre salas fechadas e espaços ao ar livre.
O terceiro Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (#ODS3) da ONU é saúde e bem-estar. Por isso, a Virada Sustentável incentiva ações que promovam qualidade de vida, autoconhecimento, bem-estar físico e mental. Entre as atividades estão diferentes formatos de prática de Yoga, meditação, leitura de aura, danças e pode trazer. Há opções para quem tem interesse em focar na respiração (pranayama), posturas (ásanas) e meditação guiada como uma maneira de elevar o nível de consciência ou opções para adultos e crianças.
Nesta edição, a Virada Sustentável apresenta dois espetáculos de teatro, além de performances, oficinas e brincadeiras. A peça "Os Desertos de Laíde", que será exibida no Sesc Tijuca e traz o tema da resiliência e ancestralidade negra. “Nós, Sementes”, que será encenada no Favela Hub, no Morro do Cantagalo, faz uma colcha de retalhos de histórias vividas pelos jovens das favelas do Cantagalo e Pavão. Há oficinas de circo e teatro e ainda o sarau “Pretos Novos”, uma performance cênica musical que retrata a construção da imagem do negro ao longo da história na sociedade.
No assunto moda, a discussão gira em torno da moda com consciência, aliando a sustentabilidade e a economia. Um exemplo é a oficina “Ressignificar o Vestir | Porque o Consumismo está Fora de Moda”, que vai tratar da economia de dinheiro e de recursos que precisa ser feita na moda. Há ainda rodas de conversa sobre o futuro da moda e como a sustentabilidade pode ser inclusiva, divertida e coletiva. Há outras várias atividades sobre o tema, que acontecem em sua maioria no IED, na Urca.
Os pequenos não poderiam ficar de fora da programação da Virada Sustentável. A atividade “Trilha + PICNIC SENSORIAL Infantil”, que acontece na Floresta da Tijuca, é dedicada para crianças a partir de cinco anos, com brincadeiras com olhos vendados apresentando cheiros, sons, cores e texturas às crianças e muita conexão com a vida no mato. A “Dança entre Gerações”, compartilha um espaço de brincadeiras corporais entre pessoas de idades e papeis sociais diferentes com o principal foco de dar voz às crianças presentes no espaço. Há ainda brincadeiras, atividades lúdicas e educativas, interação com seres vivos experimentos científicos, oficinas interdisciplinares, entre outros.
Visando a difusão de um propósito, o empreendedorismo também tem grande espaço no festival. A roda de conversa “Desafios do Empreendedorismo Sustentável”, vai provar que é possível desenvolver uma cadeia produtiva sustentável, mostrando possibilidades reais. Em “Expedição Gaia | Empreendedorismo em Rede” será apresentado o caso da Expedição Gaia e de sua filosofia de código aberto. Na atividade “BOROGODÓ”, acontece a roda de conversa de Empreendedorismo Social, que vai tratar das possibilidades de empreender considerando os aspectos sociais e ambientais envolvidos.
No assunto da maternidade, a oficina “#MaternaRio” vai abordar a inserção das mães no mercado de trabalho e o empreendedorismo. Para aqueles que querem uma instrução mais prática para entender a ecologia aplicada no mundo infantil e materno, a roda de conversa “Benefícios das Fraldas Ecológicas” é uma boa pedida. Já a roda de conversa “Empreendedorismo Materno no Rio” desmistifica uma série de questões sobre o assunto e garante dicas e instruções.
Entre os destaques dos eventos, estão o Painel de Ativadores da Sustentabilidade Urbana, na Escola Municipal Soares Pereira, onde serão discutidas as possibilidades de articulação entre moradores, trabalhadores e atores sociais do bairro da Muda/Tijuca. Já a roda de conversa “Veganismo e Sustentabilidade”, articulada pelo José Matos, conhecido como Vovô Vegano, aborda a questão do veganismo e sustentabilidade. A discussão “Desenvolvimento Local e o Ciclo do Alimento” traz uma reflexão com agricultores, consumidores e representantes de organizações não governamentais envolvidos com o tema.