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Senado reedita, na Bienal, obra de escritora que ajudou a fundar a ABL

Divulgação -
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O Senado Federal irá lançar nesta sexta (06), o segundo volume da Coleção Mulheres do Brasil, um conjunto de publicações voltadas à recuperação da memória de escritoras brasileiras que, em sua época, não tiveram o merecido reconhecimento por seu trabalho intelectual. O lançamento de Ânsia Eterna, de Julia Lopes de Almeida (1862-1934), acontece no Auditório Lapa, na Bienal do Livro do Rio, no Riocentro, na Zona Oeste do Rio.

Macaque in the trees
(Foto: Divulgação)

A autora escolhida, Julia Lopes de Almeida, foi uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras, o que, no entanto, não lhe garantiu assento na ABL exatamente pela condição de mulher. Em seu lugar, em 1897, ocupou a cadeira nº 3 seu marido, o poeta e jornalista Filinto de Almeida, que ficou conhecido como “acadêmico consorte”.

Ânsia Eterna foi lançada originalmente em 1903 e traz uma série de contos em que a autora deixa transparecer sua fina ironia e perspicaz observação da ambiência social daquela virada de século. Tida como primeira profissional de letras no país, Julia foi também cronista, teatróloga, romancista, além de militante de causas como o abolicionismo, o republicanismo e o feminismo.

Com Ânsia Eterna, a Coleção Mulheres do Brasil chega ao seu segundo volume cinco meses depois do lançamento do primeiro livro, A Mulher Moderna, de Josefina Álvares de Azevedo (1851-1913). O projeto, concebido pela Biblioteca do Senado, almeja relançar pelo menos outras 30 escritoras “esquecidas” em prateleiras entre os séculos 19 e 20.

Os dois livros já lançados podem ser adquiridos por meio da Livraria do Senado e ainda podem ser baixados gratuitamente. Ânsia Eterna está disponível neste link.