CINEMA

Crítica - ‘Meu filho é um craque’, apenas bonitinho

Cotação: duas estrelas

Por TOM LEÃO
nacovadoleao.blogspot.com.br

Publicado em 24/11/2022 às 13:19

Alterado em 24/11/2022 às 13:40

'Meu filho é um craque' é um simpático filme familiar francês sobre um pai que tenta realizar o sonho de seu filho, o de entrar para um grande time de futebol divulgação

O pequeno Theo (Maleaume Paquin) é um garoto de 12 anos que tem sucesso como jogador de futebol num time amador. Ele é tão competente, que todos acreditam que, um dia, poderá ser um profissional (seu pai acredita mesmo que ele pode chegar até ao grande time inglês Arsenal). O maior problema é que seu pai, Laurent (François Damiens), vive um momento crítico: entrou numa espiral de autodestruição depois do seu divórcio, e está, aos poucos, acabando com sua própria vida.

Diante da situação, o menino resolve que irá ajudar seu pai, e inocentemente inventa uma mentira para dar alguma esperança a Laurent. Quando um olheiro de um time inglês chega à cidade, e mesmo não sendo selecionado, o menino diz para o pai que foi escolhido. Orgulhoso do filho, o homem se empolga, e começa a o ajudar para essa oportunidade única na vida (que muda tudo pra ele), mas, em algum momento, a verdade virá à tona.

O diretor Julien Rappeneau, que também assina o roteiro, conta que ficou encantado ao descobrir o quadrinho espanhol, de Mario Torrecillas e Arthur Laperla, no qual o filme se baseia. “É uma história que me tocou fundo no coração, eu não tinha intenção de adaptar novamente uma obra-literária, mas quando a li, logo escrevi para os autores pedindo os direitos cinematográficos.”

O cineasta confessa que, para ele, a questão central do filme é se uma mentira pode salvar a vida de um homem. Rappeneau explica que vê Laurent como um homem a ponto de perder todos seus elos com a sociedade, em sua dinâmica de destruir a si mesmo – seu filho, Theo, é sua última ligação com o mundo.

O jovem ator Maleaume Paquin, que faz Theo, está muito bem no papel e atua com muita empolgação e carisma. O elenco ainda traz Ludivine Sagnier (‘Lupin’), como a mãe de Theo. No fim, ‘Fourmi’ (no original, refere-se ao apelido do menino, ‘formiga’) é um filme ‘bonitinho’, feito em 2019, que chega aqui atrasado, mas bem a tempo de pegar o clima de Copa do Mundo que já invadiu o Brasil e parte do planeta. Mas é apenas ‘bonitinho’.

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COTAÇÕES: ***** excelente / **** muito bom / *** bom / ** regular / * ruim / bola preta: péssimo.


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