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CRÍTICA - Filme: Ad Astra - Rumo às Estrelas

COTAÇÃO: TRÊS ESTRELAS

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Espaço, a fronteira final, dizia voz na abertura de ‘Star trek’, na TV. Quarenta anos depois, mal saímos da lua ainda, e estamos tentando ir a marte. Em "Ad astra: Rumo às estrelas", o diretor James Gray ("Z: A cidade perdida", 2016) nos leva um pouco mais longe: aos confins de nossa galáxia. É para lá que é enviado o astronauta Roy McBride (Brad Pitt), na tentativa de encontrar um veterano astronauta (Tommy Lee Jones) que foi dado como desaparecido, numa missão até Netuno. O desaparecido é seu pai.

Nesta jornada, íntima e pessoal (Pitt, em ótima atuação, é quase sempre o único em cena, perdido em seus pensamentos), Gray nos dá um filme que lembra, esteticamente, sci-fis clássicos dos anos 1970, até pela fotografia granulada. Os efeitos especiais são discretos e o que importa, verdadeiramente, é a trama. No caminho, vai nos acenando com referências a "2001", "O enigma de Andromeda" e até mesmo ao soviético "Solaris", criando uma espécie de sci-fi cabeça, com cenas de ação pontuais, para não deixar a plateia perdida no espaço.

O resultado é um filme que agradará mais a fãs do gênero do que ao público em geral atual, acostumado a explosões e supers. "Ad astra" não é isso. E, apesar de se passar na solidão do espaço (e deixar a mensagem de que realmente podemos estar sozinhos no cosmos), poderia se situar em qualquer ambiente isolado. Contudo, no quesito conexão familiar, ‘Interstellar’, de Christopher Nolan, é mais satisfatório.