Entre os dias 1 e 15 de dezembro, o Itaú Cultural exibe em seu site a programação do Festival Arte como Respiro – Edição Audiovisual, reunindo o segundo recorte dos projetos contemplados neste segmento dentro da série de editais de emergência realizada pela instituição para apoiar artistas impactados pela suspensão social no contexto da pandemia da covid-19.
A partir do tema Descobertas e/ou Redescobertas, foram selecionados mais 90 curtas-metragens, entre documentários, ficções e filmes experimentais, realizados com diferentes técnicas e linguagens. Todas essas histórias foram registradas nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espirito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Os curtas-metragens selecionados para esta edição têm até três minutos de duração, cada, e foram divididos em nove programas: Olhares para Dentro – parte 2, Janelas, Reminiscências – parte 2, Corpo Político, Corpo Presente, Universos Oníricos, Poesias Concretas, Saberes Sagrados, Femininas e Plurais e Uma Pitada de Humor.
Com 15 filmes, o programa Olhares para Dentro – parte 2 traz histórias que falam sobre a solidão e o olhar para si mesmo. Acentuada nos últimos tempos, o isolamento abre os olhos para enxergar o que parecia ser sem importância, como os detalhes de uma casa e seus mobiliários.
A descoberta ou a redescoberta das percepções sobre a passagem do tempo conduzem os filmes que podem ser assistidos no programa Janelas. Em oito histórias, as pessoas passaram a olhar mais para dentro de si, quando se sentiram isoladas em casa. Nesse conjunto de vídeos, é possível ver como elas preferiram abrir as janelas para descobrir ou redescobrir a rua, os vizinhos, seus hábitos e até mesmo a lua.
Por sua vez, Reminiscências – parte 2 traz 10 curtas-metragens que abordam perdas, ausências e saudades. As memórias relembradas são transmitidas por relatos ou por objetos. Reminiscências são identificadas nos cheiros, sabores, visões e sons. As redescobertas estão presentes nas pessoas, animais, objetos e lugares. Lembrar e relembrar são pequenos atos de resistência, de manter viva uma memória coletiva ou individual.
Com 12 filmes com acessibilidade em Libras e legendas em português, Corpo Político, Corpo Presente faz inspirar e expirar arte. Essas histórias mostram como os corpos podem ser bandeiras das batalhas que se quer/deve entrar, ou apenas suportes em que se traduzem um pouco mais da cultura, identidade, valores. Corpos que podem ser combativos ou que chamam para o combate. Que podem defender ou atacar. Viver ou morrer, por opção ou imposição.
Nos 11 vídeos do programa Universos Oníricos, o público vê uma realidade que parece um sonho (ou pesadelo). Os mundos imaginados, os sonhos, as fantasias e as distopias podem ser formas de lidar com o presente ou de forjar um futuro.
Uma seleção de 12 produções representa a vida na cidade contemporânea, no programa Poesias Concretas com produções que destacam características urbanas como a agressividade, injustiça, resignação, abuso, aglomeração e, ao mesmo tempo, solidão. Também há quem veja a poesia na esquina, na rotina, na memória afetiva de um espaço público ou na saudade de uma sala de cinema.
Em Saberes Sagrados, 12 curtas-metragens mostram o conhecimento como algo sagrado e as diferentes manifestações religiosas coexistentes. Não importa se no templo ou no terreiro, na igreja ou em casa, a espiritualidade aqui é exercida em liturgias, rituais, festas populares, com crenças escritas em páginas sagradas, mas também transmitidas nas tradições orais, passadas de pais para filhos, netos e bisnetos.
No programa Femininas e Plurais, o público acompanha um breve recorte de filmes realizados por mulheres, com protagonistas femininas ou sobre o feminino. São 13 histórias que mergulham sobre a potência da mulher, seu empoderamento e a eterna e constante luta para reconquistar espaços que foram tomados.
Para concluir a programação, Uma Pitada de Humor mostra que entre uma tarefa e outra, um café pode trazer a leveza necessária para seguir o dia. Os seis filmes deste conjunto oferecem a diversão da espontaneidade de um café com os amigos, mas também reflexões amargas disfarçadas de um café com açúcar.
SERVIÇO: Festival Arte como Respiro – Edição Audiovisual/Mostra Online – Segundo Recorte/De 1 a 15 de dezembro/No site do Itaú Cultural