
Morreu o genial cartunista Lan, aos 95 anos, de pneumonia, na Serra fluminense, onde estava internado. Nos anos 60, ele brilhava nas páginas do JORNAL DO BRASIL.
Em 1945 e 1946, Lan inicia nos jornais Mundo Uruguaio e El País uma trajetória profissional que o consagrou internacionalmente. Dois anos depois, era contratado pelo grupo Editorial Haynes, que detinha a maior parcela do mercado jornalístico de Buenos Aires.

Na sua primeira estadia no Brasil, ainda criança, Lan entrou em contato com a miscigenação de raças. A diversidade que viu durante os dois anos em que viveu no país resultou em um grande fascínio, acessado nas memórias da infância quando, em 1952, em visita ao Rio de Janeiro, deslumbrou-se com a geografia carioca, com a alegria do povo, mas principalmente com as mulheres. Não raro, os desenhos têm as formas do corpo feminino misturadas às dos morros da cidade. Grande parte da obra de Lan é destinada a elas, a mais conhecida temática do caricaturista.
