velação, que se destacou durante o ano; e a premiação por vendas.
Todas elas são por voto popular.
Assim que nós colocamos essas categorias no site, tivemos mais de 600 mil acessos.
Como vocês trabalharam os números que receberam? – As gravadoras forneceram os dados de suas vendagens digitais e nós, para dar total transparência ao prêmio, contratamos a maior auditora do mundo, que é a Nielsen, e eles fizeram o cruzamento de informações tanto, com as companhias telefônicas que vendem música quanto com as integradoras, como as editoras e as gravadoras.
O resultado foi surpreendente.
Os dez mais de cada categoria tiveram 9 milhões de músicas baixadas e vendidas legalmente, e isso foi só referente às gravadoras que se inscreveram.
Este foi um resultado tão fantástico que três lojas virtuais foram lançadas: a Vitrine (Som Livre), a Promusic (Universal) e o Terra Sonora (Portal Terra), totalizando 12 milhões de músicas disponíveis para se comprar legalmente.
Mas deixo claro que o que se premia aqui são as músicas, não os artistas.
Vocês têm alguma estimativa em números do quanto a pirataria interfere em cada uma das vendas? – Estimamos que a pirataria chegue a 40% de uma venda dessas listadas.
O que acontece é que precisamos ensinar o público a comprar e a tornar isso mais atrativo.
Se você pegar um cartão de crédito e entrar para comprar uma música da forma como é hoje, acaba desistindo por causa da trabalheira que dá.
Já baixar de graça é bem mais simples.
Então, as pessoas consomem música pirata mais pela comodidade do que pelo gasto? – Não é bem assim.
As classes C e D, que são as que têm menos renda, são justamente as que mais consomem música legal no país.
A garotada jovem de classe média, entre 12 e 17 anos, é a que realmente mais baixa ilegalmente, porque não liga muito para isso.
Eles querem mais é baixar uma música só.
Além disso, não podemos esquecer que ainda tem o público fiel do CD, que cresceu 5% em relação ao ano passado.
Essa mídia ainda é uma arma poderosa para as pessoas consumirem música, pois o material físico na mão, com o nome da música dos artistas, é um grande diferencial.
Continua na página seguinte.
Acredita que a mídia física (CD) ainda terá vida longa mesmo com o mundo da música digital? – Sim.
Acho que os dois mercados, digital e físico, vão caminhar juntos, já que o digital não tem mais volta.
Isso está claro pelas vendas e deixa a gente mais tranquilo.
As vendas nesse formato têm aumentado, e as gravadoras já estão todas criando um departamento de distribuição móbile (telefone celular).
Semana passada foi divulgado que o número de celulares no Brasil é maior que o número de habitantes do país...
– Para você ver como este é um processo que não tem volta.
As gravadoras vão ter que se adaptar à força ao novo formato, e existem várias novas possibilidades.
Pode ser até com cartões em bancas de jornal, aonde a pessoa pode chegar e pedir, por exemplo, R$ 15 de música, ir para casa e baixar com todo o conforto e qualidade de som..