-->Macksen Luiz-->Essa comédia do ar-
gentino Hernán
Cascari f o i adapta-
da a cor es locais por
Miguel F ala bella,
que a m oldou ao f ormato de um
seriado de tele visão . Mais api-
mentada e com maior liber dade
de linguagem, o te xto se asse-
melha ao popular
-->Sai de baixo
-->,
que se mante v e no ar por anos e
f oi um sucesso indiscutív el com
seus tipos cômicos e piadas nada
sutis. De certo modo , o arr anjo se
r epr oduz em
-->Mais r espeito que eu
sou sua mãe
-->, em q ue uma m ãe
desa baf a seus pr oblemas com a
f a mília, cujos membr os apr esen-
tam patolo gias v ariadas. O m a-
rido desempr egado v agueia pela
casa a sua truculência de f a c h a-
da. Um dos filhos per de o n a-
mor ado em acidente, par a em
seguida se casar , na melhor tr a-
dição matrimonial, com moça tí-
mida, e ter um be bezinho . O ou-
tr o filho vi v e os desajustes da
adolescência tar dia, enquanto a
filha in v este no cor po par a g a-
nhar uns tr ocados. O so g r o , além
de sair milag r osamente de uma
catatonia, culti v a maconha no
quintal. A r egente desta or ques-
tr a de som dissonante e xpõe em
monólo gos que per seguem o h u-
mor dir eto , sem qualquer suti-
leza, os di v er sos esquetes que
compõem essa sucessão de pia-
das sobr e f amília disfuncional.
O modelo desta adaptação do
conto de Cascari, depois tr ans-
f ormada em peça teatr al pelo
também ar gentino Antonio Ga-
salla, par ece ser m uito mais o
pr o g r ama de tele visão do que
pr opriamente qualquer outr a
f onte. Ainda que a estrutur a seja
baseada no original, Miguel F a -
la bella se apoia mais em tipos do
que e m per sonagens, empr es-
tando f orma narr ati v a próxima
do esquete. As cenas se armam e
desarmam par a e mbalar as si-
tuações, sem quaisquer comen-
tários ou obser v ações mais apu-
r adas sobr e as atitudes, m uitas
delas bizarr as, desse g rupo . Pr e-
te xto par a a piada, com diálo gos
que beir am a vulgaridade, am-
plia-se a superficialidade par a
manter a identificação com a
temper atur a do humor pr ojeta-
do pelo modelo tele visi v o .
A plateia demonstr a, pelas
r eações fr ancas e espontâneas,
que se pode constatar , que r e -
ce be a encenação com a gene-
r osidade do riso fácil e do já
conhecido . E par a se manter na
trilha segur a da comicidade em-
pacotada, a montagem não se
desvia do r egistr o de humor da
intér pr ete centr al.
Com ceno g r afia de J osé Dias,
que r ef orça tr aços con v encionais, e
trilha sonor a um tanto deslocada,
tanto como f orma de sublinhar a
ação quanto como estilo , o espe -
táculo em cena no T eatr o do Le -
blon é dominado pela comediante
de Claudia Jimenez. Os demais
ator es têm participações menos
equilibr adas, em especial Sar a
F r eitas e Séf or a Rangel, enquanto
o elenco masculino se distribui en -
tr e a juv entude de F r ank Bor ges e
Ga briel Bor ges e a maturidade de
Henrique César . Ernani Mor aes,
em que pese a inconsistência do
c hefe da f amília, pr ocur a r etir ar
algum humor de um tipo espa -
lhaf atoso . Claudia Jimenez, com
suas pausas bem mar cadas, uma
das car acterísticas de seu código
de humor , ofer ece à plateia a mes -
ma e eficiente imagem que con -
solidou na tele visão . O inf alív el
efeito com unicati v o da atriz pr o -
v oca constante e sincer a r esposta
do público , que ri a cada uma das
suas inter v enções, o que pr o v a que
o tráfego palco-plateia flui sem en -
garr af amentos quando Claudia Ji -
menez ocupa a cena.-->CRITICA
-->| TEA TRO| MAIS RESPEITO QUE EU SOU SUA MÃE!-->5-->ComicidadeEMPACOTADA-->Espetáculo r eúne piadas super ficiais, como em pr ogramas de TVDivulgação-->HUMOR FÁCIL
-->–
Claudia Jimenez
se comunica com
a plateia; Sara
Fr eitas tem
atuação menos
equilibrada