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Governo vai pagar piso da enfermagem retroativo a maio

Lula afirmou, durante 17ª Conferência Nacional de Saúde, que profissionais de enfermagem têm que ser valorizados ...

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 05/07/2023 às 18:50

Alterado em 05/07/2023 às 18:50

Lula e Nísia Trndade participam da 17ª Conferência Nacional de Saúde Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse, nesta quarta-feira (5), que o governo federal vai pagar o piso nacional da enfermagem e o retroativo desde maio de 2023. O anúncio foi feito dutante a 17ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília.

“O governo federal trabalha para a implementação do piso da enfermagem. Vamos implementá-lo no setor público tal como a decisão do Supremo Tribunal Federal [STF], garantindo as nove parcelas previstas para 2023.”

Durante discurso no evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou o pagamento retroativo a maio, mês em que o ministro do STF Luís Roberto Barroso estabeleceu regras para o pagamento do piso aos profissionais que trabalham no sistema de saúde de estados e municípios nos limites dos valores recebidos pelo governo federal. Lula argumentou que o trabalho da enfermagem não pode ser considerado menor.

"Tem gente que acha que o salário de uma enfermeira de R$ 4 mil e pouco é caro. Mas é preciso que a gente avalie efetivamente o valor do trabalho por aquilo que ele representa na nossa vida. Quem leva as pessoas para tomar banho, quem vai limpar as pessoas, quem dá comida, quem aplica injeção, quem mede a pressão, quem leva ao banheiro é exatamente o pessoal de baixo, que trabalha. E, por isso, esse pessoal tem que ser valorizado”, acrescentou.

Sobre a decisão do STF de segunda-feira, que o piso seja pago aos trabalhadores mediante repasses federais, Nísia afirmou que o governo "respeita os Poderes".

"O nosso governo respeita os poderes da república. Então, nós respeitamos tanto o Legislativo quanto o Judiciário e o presidente Lula acompanha todas essas decisões com o nosso ministério", afirmou.

Em entrevista a emissoras de rádio, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que algumas falhas no texto da lei atrasaram o repasse do valor para estados e municípios, mas que isso será resolvido.

*Com Agência Brasil