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Semana apocalíptica e eclética nos desfiles de Paris

divulgação -
A dupla indiana Sachin e Babi Ahluwalia, baseada em Nova York, aposta nas mangas volumosas
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Mais uma temporada de desfiles acaba de encerrar no hemisfério norte. Com a inegável influência do coronavírus, que cobriu alguns rostos com máscaras nas primeiras filas, as coleções, principalmente em Paris, surpreenderam por novos conceitos. Conceitos distantes das meras novidades de vestir: a apresentação da grife Balenciaga foi o melhor exemplo. Até a terceira fila os convidados molhavam os pés na água, que inundou a sala. No alto, projeções davam um clima apocalíptico, bem de acordo com as propostas de roupas pesadas, longas, quase todas pretas. Só que Demna Gvasalia, designer da marca, declarou que suas inspirações fetichistas são em...padres e jogadores de futebol!

Competir com este apocalipse foi impossível. Mas vale citar a apresentação da Louis Vuitton, porque Nicolas Ghesquière produziu um espetáculo com 200 pessoas vestidas com trajes do século 15 até os anos 1950, figurino concebido pela figurinista Milena Canonero. Na trilha, música de Nicolas de Grigny, contemporâneo de Bach. A razão desta sequência de tempo tem a ver com a exposição sobre Moda e Tempo que inaugura em maio no Metropolitan Museum, com a participação de Ghesquière e o patrocínio da Louis Vuitton. A coleção eclética refletiu o tema.

Duas designers importantes também se destacaram por afirmações, além de roupas e acessórios. Maria Grazia Chiuri renovou os objetivos feministas, confirmou a preferência pelos xadrezes e fez a provocação de completar com gravatinhas alguns looks na Dior. Virginie Viard, que assina Chanel, falou que o tema seria Liberdade! Mas aproveitou ideias de coleções dos anos 1980. Muito importante como referência, a foto de Lagerfeld com uma de suas musas, Anna Piaggi, e o figurino do filme Morte em Veneza.

Tendências de stylist

A brasileira Roze Motta, stylist de atores e cantores sertanejos, destaca tendências possíveis de serem adotadas no inverno tropical:

O vinil, visto na Saint Laurent, em calças e saias-lápis.

O microcurto está voltando, depois de anos predominando o "mídi". Blazers poderão ser usados como vestidos.

Looks monocromáticos, muito preto, como em Balenciaga, branco, tons terrosos, cinza.

Xadrez, como em Dior, o príncipe-de-gales e o xadrez vichy.

Mangas volumosas e babados continuarão.

Macaque in the trees
A sérvia Mihano Momosa mostrou o blazer usado como vestido (Foto: divulgação)

Macaque in the trees
Yasmin Mansour, considerada um dos talentos da moda luxo, criou peças com franjas e transparências (Foto: divulgação)

Macaque in the trees
A alfaiataria sombria desfilou no apocalíptico e inundado desfile Balenciaga (foto NowFashion/Valerio Mezzanotti) (Foto: divulgação)

Macaque in the trees
A mistura de moda e tempo da Louis Vuitton contou com figurantes vestidos por Milena Canonero (foto NowFashion/Valerio Mezzanotti) (Foto: divulgação)

Macaque in the trees
A dupla indiana Sachin e Babi Ahluwalia, baseada em Nova York, aposta nas mangas volumosas (Foto: divulgação)

divulgação - A mistura de moda e tempo da Louis Vuitton contou com figurantes vestidos por Milena Canonero (foto NowFashion/Valerio Mezzanotti)
divulgação - A alfaiataria sombria desfilou no apocalíptico e inundado desfile Balenciaga (foto NowFashion/Valerio Mezzanotti)
divulgação - Yasmin Mansour, considerada um dos talentos da moda luxo, criou peças com franjas e transparências
divulgação - A sérvia Mihano Momosa mostrou o blazer usado como vestido