Amigo da coluna, 86 anos, chegou ontem à tarde em sua casa, na Rua Sacopã, na Lagoa, em hora de falta de luz – coisa mais do que comum, hoje em dia, e ninguém diz nada, ninguém faz nada. Como o 0800 da Light não aceita chamada de celular, ele pediu ajuda à filha para não ter que subir 8 andares de escada para telefonar.
De sua casa no Leblon, a filha liga para a Light e fornece endereço completo, bairro, Cep, nome do titular da conta, etc, etc. Para acabar ouvindo que o funcionário só poderia passar qualquer informação se lhe fosse informado o CPF do cliente – que o senhor não tinha em mãos naquele momento. A moça, desesperada, tentava explicar o drama, enquanto o funcionário, qual um robô, repetia que nenhum dado seria relevante se não tivesse o número do CPF.
Detalhe: o blecaute foi na rua e não apenas na casa do cidadão. A história começou às 15h e terminou às 19h30. Durante todo esse tempo, o morador ficou na portaria do prédio.
Dá para imaginar o que aconteceria por aqui se o Sandy atravessasse o oceano, né, não?