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Lambe-lambe politizado: Olhar político colado nos muros

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O Coletivo Tupinambá Lambido espalhou pela cidade mais de 200 lambe-lambes. Usualmente utilizados para anunciar shows na cidade, dessa vez os cartazes foram transformados em arte engajada, por seis artistas visuais, que, ao não assinarem as obras, optaram pelo anonimato. “Ao todo, são seis cartazes. Nenhum deles é assinado individualmente, já que foram feitos sob intensa discussão entre nós. É uma outra forma de ocupar a cidade. O lambe-lambe, mais utilizado pela publicidade, foi apropriado pelo nosso grupo, para pensar o contexto político atual pela arte”, diz um dos artistas, que não quis se identificar.

As imagens são fortes. As efígies do presidente Michel Temer e do ex-presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha estampam as faces de uma mesma moeda. A Baía de Guanabara está vermelha não de vergonha, mas de sangue, e numa foto rasgada. Outro cartaz evoca uma cena como contraponto à escola sem partido. “As meninas merecem toda a liberdade”, diz a legenda sob adolescentes numa aula em que o comunista Lênin é o professor. Os bancos (e seus lucros exorbitantes) também são alvo do sexteto, que manuseia de forma surpreendente o logotipo de um deles. E uma pomba-gira pede o “povo na rua”.

Macaque in the trees
Lênin dá aulas a um grupo de meninas

Macaque in the trees
Pomba-gira convoca o povo às ruas

Macaque in the trees
A demonização aos bancos e Temer e Cunha, faces da mesma moeda. Cartazes são obra de seis artistas do Coletivo Tupinambá Lambido

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