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Itália: Ministro defende nacionalizar empresa da Ponte Morandi

Autostrade per l'Italia está na mira do governo após desabamento

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O ministro do Desenvolvimento Econômico da Itália, Luigi Di Maio, afirmou neste domingo (26) que o governo está "convencido" de que é preciso "nacionalizar" a Autostrade per l'Italia, concessionária da rodovia onde ficava a Ponte Morandi, cujo desabamento matou 43 pessoas em Gênova.

Em sua página no Facebook, Di Maio, que também é vice-primeiro-ministro do país, afirmou que a ponte "não pode" ser reconstruída pela Autostrade, que já anunciou até um plano para refazer a estrutura em oito meses.

"No máximo [a Autostrade] colocará o dinheiro, mas a construção deve ser feita por uma empresa do Estado, para que possamos controlar a qualidade da reconstrução. Além disso, estamos para revogar os contratos da Autostrade e tirar suas concessões.

Estamos também convencidos da nacionalização", disse.

A mesma ideia já havia sido defendida na semana passada pelo ministro do Interior Matteo Salvini, secretário da ultranacionalista Liga - Di Maio é líder do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S). Desde a queda da Ponte Morandi, em 14 de agosto, cujas causas ainda estão sendo investigadas, o governo culpa a concessionária pela tragédia.

A Autostrade per l'Italia é herdeira de uma antiga companhia pública que foi privatizada nos anos 1990 e pertence ao grupo Atlantia, controlado pela família Benetton. No Brasil, a Atlantia opera, ao lado do grupo Bertin, mais de 1,5 mil quilômetros em rodovias.

O trecho da ponte que continua de pé arrisca desmoronar a qualquer momento e deve começar a ser demolido no início de setembro.

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europa | ponte