Conforme o prometido, o governo dos Estados Unidos adotou ontem tarifas de 25% sobre a importação de produtos da China que totalizam US$ 16 bilhões. O país asiático reagiu imediatamente a esta nova bateria de tarifas - que elevaram a US$ 50 bilhões os produtos chineses tarifados - e também adotou tarifas de 25% para produtos americanos no valor total de US$ 16 bilhões, anunciou a agência de notícias Xinhua.
As bolsas da Europa e dos EUA receberam mal à imposição de tarifas. O índice pan-europeu Stoxx-600 baixou 0,17%. Em Nova York, o Dow Jones fechou em queda de 0,3%; S&P 500 teve recuo de 0,17%; e o Nasdaq caiu 0,13%.
Automóveis dos EUA e maquinário industrial e componentes eletrônicos chineses estão entre os itens atingidos pelas sobretaxas. O governo chinês afirmou que o aumento por parte dos americanos viola as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e, por isso, recorrerá ao mecanismo de solução de controvérsias do órgão. Entre as centenas de produtos americanos afetados estão as emblemáticas motos Harley-Davidson e o suco de laranja.
A escalada ocorre no momento em que os países reabriram negociações. A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, disse que o objetivo é atingir os melhores acordos comerciais para os EUA. “O presidente quer um comércio livre, justo e mais recíproco com outros países, especialmente com a China”.
Empresas americanas pediram a Trump que reconsidere sua política comercial para não prejudicá-las. O presidente, porém, tem ignorado os apelos.