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A culpa é do mordomo

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A Ciclovia Tim Maia é um erro de projeto, causado por pressões políticas, e a culpa pelo desabamento é do fiscal da obra. Assim poderia ser resumido o depoimento do ex-secretário de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, ontem, na CPI da Ciclovia da Câmara Municipal. “A gente precisa compreender que a existência da pressão política não deve fazer com que nenhum de nós se sinta constrangido”, disse Muniz. “O que temos diante de nós é um erro de projeto. Um projeto que não leva em consideração uma coisa que é pública, que é a existência de ondas naquela região.” Quando questionado pelo presidente da CPI, o vereador Renato Cinco, sobre a função da Prefeitura em fiscalizar a obra e sanar erros, Muniz disse que sim, é lei a Prefeitura fiscalizar obras, mas que a responsabilidade é do fiscal. “Não houve nenhum fato inusitado. Basta andar pela Niemeyer e saber que tem ondas que chegam até a avenida, quem mora no Rio está cansado de saber disso.” No dia 21 de abril de 2016, duas pessoas morreram na ciclovia, inaugurada três meses antes. O secretário deveria ser obrigado a ir à casa das famílias das vítimas explicar como são frias essas coisas da política. Em tempo: a CPI foi prorrogada por 60 dias e os trabalhos devem acabar no fim de outubro.

O trilionário 1

Murilo Mendes, o dono da Mendes Júnior, que morreu domingo, costumava dizer que era o maior credor do governo brasileiro. Até o fim da vida ele tinha a convicção de que o Brasil lhe devia uma bobagem estimada em R$ 20 trilhões. Obviamente, negada várias vezes pela Justiça.

O trilionário 2

Murilo alegava que entre 1981 e 1988 a Mendes Júnior construiu a Usina Hidrelétrica de Itaparica e nunca recebeu um tostão da Companhia Hidroelétrica do São Francisco. Além disso, ele fez inúmeras obras para Saddam Husseim, no Iraque, com o aval do governo brasileiro. Saddam dançou e a Mendes Júnior sequer recuperou as máquinas que levou pra lá.

Plim Plim

Lideranças de partidos como PT, PDT e PSD entre outros articulam uma representação conjunta para protestar junto ao TRE contra a cobertura da eleição pela TV Globo. “Há um descarado favorecimento da emissora à candidatura do Eduardo Paes”, diz Pedro Fernandes, candidato ao governo pelo PDT. “O que queremos é um mínimo de proporcionalidade”.

Mais do que palavras

O livro More Than Words, de Fern Sussman ganhará versão brasileira após sucesso entre famílias com filhos autistas em todo o mundo. “A ideia deste livro é orientar e ensinar aos pais usando situações que ocorrem no nosso dia a dia”, explica a fonoaudióloga Natalia Spinelli, responsável pela tradução. Existem hoje 2 milhões de pessoas diagnosticadas com autismo no Brasil.

Cimento eleitoral

Em ano eleitoral vale tudo. Mas também não dá pra exagerar. O Bispo Crivella publicou no D.O. crédito suplementar de R$ 3 milhões para o seu polêmico e criticado projeto Cimento Social. A vereadora Theresa Bherger ontem mesmo cobrou explicações oficiais do TRE. “É sempre bom lembrar que o filho do prefeito e alguns de seus aliados são candidatos e o cimento social pode ajudar a concretar estas candidaturas”, diz Theresa.

Literatura policial

A Alerj vota hoje a inclusão no calendário oficial do Estado da Flipol, a Feira Literária Policial. A proposta do deputado Zaqueu Teixeira é levar à população o conhecimento sobre os talentos literários dos homens da lei. Muitos deles, poetas, por exemplo. A primeira Flipol foi realizada em novembro de 2017 e contou com a presença de 20 autores, que juntos somaram 37 obras, entre textos técnicos, contos, poesias e romances.

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LANCE LIVRE

A Caminho de Casa, de Radhanath Swami, será lançado amanhã na Livraria Argumento com palestra do guru Chandramuka Swami. O Despertar de um sonho, de Joana Maria Teixeira, está disponível na Amazon e na Copabooks.

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rio