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O 4K já chegou, alguém viu?

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A tecnologia, ela anda um bocado rápido nestes dias. Se nossos pais só tiveram o rádio e a TV, por longos anos (sendo que, a TV, começou em PB, e levou um tempo para ganhar cores), quem é da geração 1970/80 para cá, ainda pegou pequenas revoluções. Como a fita cassete, que nos deixou livres para carregar a música por aí, via walkman, e o VCR (gravador de vídeo caseiro, alimentado por fitas VHS). 

Contudo, dos anos 1990 em diante, foram revoluções por minuto. O dominante disco de vinil foi atropelado pelo CD (compact disc), e quase sumiu do mapa, as fitas cassete foram banidas, com a chegada do MD (mini-disc) e o VHS (video home system) foi aposentado, com a chegada do DVD (digital versatile disc). Este último, um pequeno disco, menor que o Laser Disc, do tamanho de um CD, por carregar dados de áudio e vídeo, comprimidos, trazendo melhor imagem e som, e nos livrando do incômodo das fitas que prendiam no cabeçote, partiam ou amassavam. Nenhuma saudade disso. 

Chegou-se ao topo? Nada disso. Mal o século virou, e veio a revolução digital. O MD nem teve tempo de se impor (muito melhor que CD e fita) e logo foi atropelado pelos tocadores de MP3, como o iPod (que, não foi o primeiro, mas foi o mais bem-sucedido). O reinado do DVD também foi algo curto. 

Embora ainda esteja por aí, evoluído, sob a forma de Blu-Ray - um disco com qualidade de imagem maior, as mídias físicas vêm sendo extintas, gradativamente, pelos arquivos digitais. Quase abstratos (você não os vê, nem toca neles), estes arquivos transformam áudio/vídeo em dados gravados digitalmente nas memórias internas dos celulares, nos arquivos do computador caseiro, nos dados dos serviços de streaming. 

Assim, depois de trocar seus vinis por CDs (para ganhar espaço), agora, grande parte da população sequer tem em casa material físico - ainda que role uma onda retrô, com vinis e cassetes. Tudo, se resume a coisinhas invisíveis, que trafegam por cabos e dados ou pelo ar. Cabem no bolso. E não ocupam muito espaço. A não ser no HD/pen drive. 

Recentemente, e sem muito alarde, chegamos ao 4K UHD (ultra high definition). Primeiro, por salas de cinemas (não teve tantos filmes lançados). E, agora, nos aparelhos de TVs e tocadores de Blu-Ray UHD. Contudo, no Brasil, no momento, não há previsão de transmissões regulares de TV nesta definição (no Japão, já é 8k). Já aconteceram transmissões-teste, em eventos específicos, como o desfile das escolas de samba e no último Rock in Rio. 

Este ano, haverá transmissões em jogos da Copa. Fora isso, há alguma coisa em 4k no GloboPlay e YouTube (demoram muito para carregar); e, pagando um extra, a Netflix, Amazon Prime e HBO Go oferecem programas neste padrão. E só. Ainda é pouco para se investir numa TV e tocador 4k? O futuro dirá.

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Rugidos

• Netflix anunciou que “O mecanismo”, série de José Padilha, terá segunda temporada. As filmagens começam no fi m deste ano. A mesma Netflix anunciou também a produção de uma nova série brasileira, “Ninguém tá olhando”, de Daniel Rezende (indicado ao Oscar de melhor edição, por “Cidade de Deus”). Rezende, aliás, dirigiu dois episódios de “O mecanismo” e costuma trabalhar nos filmes de Padilha. 

• Atualmente, a demanda por produções audiovisuais está em toda a parte, até no Instagram. É lá que está “Homem de verdade”, série em 15 episódios, cuja trama envolve personagens do universo LGBT. Como é no Insta, cada episódio dura apenas um minuto. 

• Já está disponível, para compra ou aluguel, no Now, Vivo Play, YouTube e iTunes, o filme “A música do silêncio”, baseado na biografia de Andrea Bocelli. O drama, dirigido pelo inglês Michael Radford (de “O carteiro e o poeta”), é estrelado por Antonio Banderas e Toby Sebastian, que faz o artista italiano.