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Festival Rc4 no Rio

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FESTIVAL Rc4

No próximo dia 20, começa a quarta edição do Festival Rc4 no Rio de Janeiro, para um público especial, um festival de vanguarda.  

Com a proposta de aprofundar o diálogo visando experimentações da música erudita, em pleno calor na cidade do Rio de Janeiro, esse ano terá uma nova proposta de seu curador, o pianista Claudio Dauelsberg, que  ampliou os locais de realizações dos eventos, antes eram restritos ao teatro do Oi Futuro Ipanema, e agora com novos endereços,como o Boulevard Olímpico e a Aúdio Rebel. Mais novidades também são as palestras que irão ajudar a guiar o público em uma parte do universo da música contemporânea.

O grupo original de Santos Orquestra na Rua, fará uma apresentação especial, fora do ambiente de teatro, no Boulevard Olímpico. “Decidimos este ano tirar a orquestra do teatro e levá-la até o público, informalmente, proporcionando uma experiência integrativa e interativa. A inclusão, neste caso, é o elemento da arte”, explica Claudio Dauelsberg.

No OI Futuro de Ipanema estarão na programação, o jovem quarteto de cordas alemão Vision String Quartet, conhecido por sua sede por novidades e a inserção delas no tradicional mundo da música erudita; o pianista alemão Ralf Schmid, célebre por suas experiências sensoriais e pelas novas possibilidades que ele traz de interação entre os movimentos e os sons; a cantora francesa Camille Bertault, que se lançou em carreira artística a partir de vídeos que viralizaram na internet, nos quais ela interpretava grandes nomes do jazz; e o grupo carioca de música de câmara contemporânea Abstrai Ensemble, que trabalha primordialmente com composições de músicos brasileiros e estrangeiros ainda vivos.

Para conhecer melhor o festival https://www.festivalrc4.com.br/

O Rc4 Talks é uma das atividades mais esperadas, será o dia de palestras, com o objetivo maior de abrir um diálogo consolidado entre a ciência e a arte, passando pela inovação, artes integradas e social. 

Quem participará?

Dia 20 de janeiro - Orquestra na Rua

O objetivo do projeto criado em Santos, em 2013, é  ocupar as ruas levando música erudita à população. Idealizado pelos jovens Caio Forster, Leonardo Mallet e Matheus Bellini, o Orquestra na Rua é uma iniciativa independente que funciona como uma orquestra de cordas aberta para quem tiver vontade de tocar, com o objetivo de levar ao povo a música e os instrumentos eruditos e oportunizar a jovens músicos estudantes a participação em uma orquestra, fomentando a arte e a cultura.

Geralmente, o repertório traz obras como Beauty And The Beast, de Alana Menken; Over The Rainbow de Harold Arlen; All I Ask Of You de Andrew Webber; O Poderoso Chefão de Nino Rota; Trenzinho do Caipira de Heitor Villa-Lobos; Carinhoso de Pixinguinha; Gaúcho de Chiquinha Gonzaga e Asa Branca de Luiz Gonzaga, se mesclam aos compositores clássicos como Bach, Mozart, Beethoven e até o hino da cidade de Santos e um tema folclórico russo já foram apresentados.

Dia 24 de janeiro  - Vision String Quartet

Quatro jovens músicos com um desafio pela frente,o de adaptar, inovar e brincar com a música clássica para que ela seja percebida e apreciada pelos públicos mais novos sem que se deixe de lado elementos tão caros ao público mais tradicional. Em suma, esse é o conceito que move o Vision String Quartet, fundado em 2012, na Alemanha, já considerado um dos melhores quartetos de cordas da nova geração da música clássica.

Os quatro rapazes, todos com menos de 27 anos, Jakob Encke, Daniel Stoll, Leonard Disselhorst e Sander Stuart, se apresentam diante do público brasileiro no Festival Rc4 com a marca que lhes é peculiar, a sede pela inovação. O grupo costuma se apresentar de pé e sem partituras, os quatro já deixaram uma marca na Alemanha que os permitiu percorrer algumas das mais prestigiosas salas de concerto da Europa Ocidental, como a Gewandhaus Leipzig, a Tonhalle Düsseldorf, o Konzerthaus Berlin e a Philharmonie Luxembourg, além de festivais de renome como o Festspiele Mecklenburg-Vorpommern, o Festival de Música de Rheingau, o Schleswig que é o Festival de Música de Holstein, o Heidelberg Frühling e o Festival de Lucerna.

Preparem-se, a lisa de peculiaridades deles é imensa, e já se apresentaram na completa escuridão, já colaboraram em projetos com o renomado coreógrafo e dançarino de balé John Neumeier e trabalharam em conjunto com designers de iluminação para trazer outras dimensões para suas performances. São ganhadores de prêmios como o Würth de música, o Festival Mecklenburg-Vorpommern na categoria “escolha do público”, o Concurso Internacional de Genebra e o Concurso Felix Mendelssohn Bartholdy em Berlim.

 

Dia 25 de janeiro - RC4 Talks

Realização de palestras ligadas a inovação, artes integradas e social com Claudio Dauelsberg, da PianOrquestra,  Ralf Schmid da MI.MU Gloves, Etiene Abelin do MAM - Music Animation Machine, Andreia Gomide do Instituto Ekloos e Hermano Vianna, a confirmar.

 

Dia 26 de janeiro - Ralf Schmid

Caso John Cage tivesse conhecido a luva de dados do pianista alemão Ralf Schmid, provavelmente suas experiências com o piano preparado teriam sido ainda mais revolucionárias. Com seu projeto audiovisual Pyanook, Schmid promete impressionar o público brasileiro no Festival Rc4 com seu piano “de outra galáxia”, tocando o instrumento e manipulando sons eletrônicos, sem tirar as mãos do teclado.

A mágica acontece com auxílio da tecnologia. Uma luva de dados converte os movimentos das mãos e dos dedos em sinais que são encaminhados para um computador. Dessa forma, o equipamento processa o som enquanto o artista esbanja talento em dois pianos. Com um software de música, Schmid produz efeitos orquestrais combinando diferentes timbres, texturas e cores. O resultado é a eliminação dos limites entre a música erudita e eletrônica. A luva deixa os dedos soltos para tocar o piano livremente, enquanto as mãos se inclinam para o lado, se deslocam no ar ou, simplesmente ao movimento de um dedo, o som se transforma em tempo real. O potencial por trás do uso da luva possibilita ao artista projetar com os mínimos gestos os sons eletrônicos aliados ao som acústico do piano, como um dançarino, um ator ou um mago. Tudo num momento mágico de conexões entre som e movimento, que continuam reverberando na imaginação do ouvinte.

Schmida trabalhou junto ao parceiro de longa data, o produtor Michele Locatelli, para trazer novidades à apresentação. No Brasil, será apresentada a suíte em quatro sets para piano e luva mágica, resultado de um semestre de pesquisa em Oslo, Noruega. A composição em quatro partes é exibida com cores sonoras especiais e baseada nos quatro elementos que ele chama de EARTHLOOP, FIREFLYER, WATERBORNE e AIRA.

Dia 27 de janeiro Camille Bertault

O caso da cantora francesa Camille Bertault, de 29 anos, pode ser considerado um feliz exemplo de artista que aproveitou a exposição na internet para se lançar em uma carreira no jazz que tem tudo para ser tão bem sucedida quanto a sua empreitada online.

Chamada de “sensação viral da internet” em reportagem da revista Vogue, Bertault será uma das atrações da quarta edição do Festival Rc4, no Rio de Janeiro, onde irá exibir todo o talento que a fez ter mais de 800 mil visualizações no YouTube e 30 mil seguidores no Facebook com suas improvisações, gravadas de forma caseira, em cima de grandes temas do jazz. Aos 29 anos, a francesa vai exibir o repertório de seu disco “En Vie”, lançado em 2016 e que conta com canções de mestres do jazz, como Herbie Hancock, Wayne Shorter e Duke Ellington, além de composições próprias.

Filha de um pianista amador e engenheiro de som, a parisiense estuda música desde os oito anos de idade, mas amargou um duro revés: foi reprovada em seu exame final no Conservatório de Paris, onde estudava, em 2015. Sem abaixar a cabeça, decidiu gravar um vídeo improvisando letras em francês em cima de todas as notas do solo de John Coltrane em Giant Steps. Superada a tarefa e gravado o vídeo no YouTube, a francesa contabilizou milhares de visualizações em poucas horas -- hoje, são 150 mil. Sua qualidade chamou a atenção dos críticos, que não pouparam elogios à estrela em ascensão oriunda da internet. No Festival Rc4, onde se apresentará no dia 28 de janeiro, Camille terá a companhia de um time de primeira qualidade com  Marco da Costa na bateria, Daniel Grajew no piano e Fabio Sá no baixo.

Dia 28 de janeiro – Abstrai Ensemble 

O Abstrai Ensemble é um grupo de música de câmara contemporânea formado por instrumentistas e compositores, todos residentes no Rio de Janeiro, que trabalha principalmente com colaborações de compositores brasileiros e estrangeiros vivos, além do repertório clássico do século XX. Criado por Pedro Bittencourt em 2005, e tendo feito concertos em França, Alemanha e Portugal do ano de fundação até 2009, o grupo se apresenta no Brasil desde 2011 e dedica parte de seu tempo às atividades pedagógicas, como oficinas, master classes e encontros de composição.

O grupo, que também utiliza regularmente as últimas tecnologias digitais (eletroacústica e música mista), trabalha não só com peças musicais instrumentais mas também com vocais, e tem como um de seus principais objetivos estimular a produção e a circulação de novas obras musicais. Durante a apresentação, obras são comentadas pelos integrantes do grupo, buscando fornecer ao público material informativo sobre o processo criativo, composição e curiosidades. Além disso, abrem espaço para o público comentar as apresentações após os concertos, fortalecendo o diálogo e a interatividade.

Com direção musical e saxofones de Pedro Bittencourt, o grupo se apresenta atualmente com Doriana Mendes nos vocais, Pauxy Gentil-Nunes e Andrea Ernest Dias nas flautas, Batista Jr. nas clarinetas, João Luiz Areias no trombone, Ariane Petri no fagote, Nailson Simões no trompete, Mariana Sales no violino e na viola, Fernando Thebaldi na viola, Larissa Coutrim no contrabaixo, Marcus Ribeiro no violoncelo, Fabio Adour no violão, na guitarra e na regência, Marina Spoladore e Katia Balloussier no piano, Tobias Volkmann na regência e Daniel Serale nas percussões.

 

Resumindo a agenda para não perder nenhum evento, tudo abaixo.

Dia 20 - Orquestra na Rua , no Boulevard Olímpico

Dia 23 – Rc4 Next - programação a ser confirmada, no Audio Rebel

Dia 24 - Vision String Quartet - Teatro Oi Futuro

Dia 25 - RC4 Talks - Teatro Oi Futuro

Dia 26 - Ralf Schmid - Teatro Oi Futuro

Dia 27 - Camille Bertault - Teatro Oi Futuro

Dia 28 – Abstrai Ensemble - Teatro Oi Futuro

Ingressos e informações:

 

Teatro Oi Futuro 

Telefone: 3131 – 9333

Rua Visconde de Pirajá, 54 – Ipanema

Ingresso gratuito, mediante retirada uma hora antes do evento

Boulevard Olímpico - na Orla Prefeito Luiz Paulo Conde

Evento gratuito

 

Áudio Rebel

Rua Visconde Silva, 55 – Botafogo

Evento gratuito

Telefone: 21 3435 2692

Para conhecer melhor o festival https://www.festivalrc4.com.br/