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Quem serão os “Bernsteins” e os “Karajans”  do futuro?

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No passado para os cargos de regentes titulares ou diretores artísticos das mais célebres orquestras, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, eram escolhidos maestros acima dos quarenta anos. Será que aparentavam ou davam a impressão de terem mais experiência? Ou seria a dúvida ou mesmo o medo da falta de experiência diante de ensaios longos e diários, mas sobretudo a realização tensa de uma temporada com as performances dos concertos?

Hoje,após o fenômeno Gustavo Dudamel, são escolhidos regentes jovens, que estão na faixa etária entre os trinta a quarenta anos de idade, homens bonitos,elegantes,a maioria já casados,alguns já são pais, podem traçar suas vidas e o mais importante,claro,contam com o prestígio de seus expressivos padrinhos.

O mais almejado circuito internacional é o chamado das “Big Five”. Nos Estados Unidos existem as célebres orquestras que fazem parte desse circuito, repetimos as Big Five,que são as maiores e melhores orquestras americanas. O termo data da década de 1950,e tem a cronologia de acordo com a data da fundação de cada orquestra. Sendo assim fazem parte da famosa lista, a Orquestra Filarmônica de Nova York, fundada em 1842 seguida pelas Orquestra Sinfônica de Boston em 1881;Orquestra Sinfônica de Chicago,1891;Orquestra de Filadélfia,1900 e a Orquestra de Cleveland fundada em 1918.

Nossos maestros escolhidos parecem príncipes, extremamente talentosos, e

começaram muito cedo a serem admirados, sobretudo observados para em futuro muito próximo fazerem parte da lista dos grandes regentes das próximas décadas. Escolhemos e fizemos um perfil de cada um deles,para os leitores saberem em que lugar do planeta esses maestros estão fazendo com suas batutas a esperança  dos mais expressivos conjuntos da vida musical internacional.

Gustavo Dudamel, que fará 34 anos no próximo dia 26, é um maestro de grande talento e imensa experiência,e na atualidade é a estrela da Orquestra Filarmônica de Los Angeles. O super astro venezuelano já é reverenciado pelo planeta como a essência da música pura, rege concertos inesquecíveis, respira música desde muito pequeno, transborda energia e irradia felicidade plena no palco em torno de seus pares. Dudamel teve a sorte de,além do seu inquestionável talento natural,ter o visionário e grande maestro José Antonio Abreu, criador do El Sistema na Venezuela,como seu professor e padrinho. É pai de um lindo menino,sendo uma estrela de brilho mais do que intenso,muito amado e admirado pelo seu imenso carisma.

Tendo como nosso ícone,o já célebre Dudamel,fizemos um perfil com oito nomes,que possivelmente,serão os grandes regentes reconhecidos no futuro bem próximo,com suas carreiras brilhantes e regendo as já célebres idosas orquestras pelo mundo.

Yannick Nézet-Séguin,nasceu em Montreal,é de origem franco-canadense, fará em março 41 anos. Começou estudando piano e surge como  um dos nomes mais requisitados do momento. É regente convidado da Orquestra Filarmônica de Londres,além de diretor musical da Orquestra Filarmônica de Rotterdam. Assumiu em 2011 a direção musical da Orquestra da Filadélfia,onde começou suas funções em setembro de 2012, exatamente cem anos após o célebre maestro Stokoswki. Foi aluno do carismático maestro Carlos Maria Giulini.

Marcelo Lehninger – É o único brasileiro da lista,tem 32 anos e nasceu em casa de músicos,filho da pianista brasileira Sonia Goulart e do violinista alemão Erich Lehninger. Começou seus estudos de música no piano e depois no violino,passando ao estudo da regência. Atualmente é o regente associado da Orquestra Sinfônica de Boston, uma das Big Five e regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica de New West,em Los Angeles,Estados Unidos. Já se tornou conhecido naquele país, sendo pupila do maestro James Levine, seu padrinho. O regente é casado e pai de uma linda filha.

Andris Nelsons – Nasceu na Letônia,tem 35 anos,também é filho de músicos, e escolheu o piano como primeiro instrumento. É o atual diretor musical da Orquestra Sinfônica de Boston. É casado e pai de uma filha.

Kirill Petrenko – Nasceu na Rússia, fará 45 anos de idade no dia 2 de fevereiro e desenvolveu toda sua vida musical na Áustria. Foi escolhido, após uma difícil disputa,para o altamente cobiçado posto de regente titular da Orquestra Filarmônica de Berlin,porém seus trabalhos com o célebre conjunto começarão somente em 2018 para as temporadas de 2019 e 2020.

Muito experiente e conhecido por ensaios longos, foi diretor da Orquestra Filarmônica da Baviera e é assíduo nos palcos internacionais, principalmente da Alemanha.

Philippe Jordan – É suíço,tem 39 anos,escolheu o piano como seu primeiro instrumento e tem tradição,é filho do maestro Armin Jordan. Atualmente é o diretor musical da Ópera Nacional de Paris sendo principal maestro convidado da Staatsoper de Berlim,onde foi assistente do célebre Daniel Barenboim. Foi contratado como regente da Ópera Nacional de Paris até 2018.

Diego Matheuz – Venezuelano,o mais novo tem 29 anos e começou estudando violino.É na atualidade o principal regente convidado da Orquestra Mozart de Bolonha além de spalla da Orquestra Sinfônica Simon Bolívar da Venezuela. Estudou no famoso El Sistema,em seu país e atualmente rege nas mais importantes salas de concertos do mundo.

Omer Meir Wellber – O maestro israelense tem 32 anos e começou estudando o acordeón e o piano. Atualmente é discípulo do famoso regente Daniel Barenboim,seu padrinho,além de ser o regente residente da Raanana Symphony Orchestra, foi diretor musical do Palaus de les Arts Reina Sofia em Valencia até 2014,sucedendo o maestro Lorin Maazel.

A coluna deseja aos maestros,um futuro brilhante, com o sol brilhando para todos, muita fama, muito dinheiro e muitas felicidades.

Agenda da semana – Nessa semana os concertos da Série Música no Museu, estão “obstinatos” na linguagem musical e obstinados na vida musical do Rio de Janeiro,oferecendo sempre em janeiro os primeiros concertos da temporada. Os eventos são sempre com entrada franca e a presença de seu público fiel, lotando os espaços.

Dia 22,às 15h, no Centro Cultural Justiça Federal, recital do pianista Marcos Leite e participação especial de Francisco Manuel da Silva, flauta transversal. No  programa obras de Bach, Alberto Nepomuceno, Gounod,

Franz Ventura,Carlos Gomes e Villa-Lobos. 

Av. Rio Branco no 241-  Centro 

Dia 23,às 17h, na Hebraica, concerto do Grupo Rio em Canto com regência de Marcelo Saldanha. O programa apresentará os Clássicos Brasileiros.

Rua das Laranjeiras 346- Laranjeiras.

Dia 24,às 11h30,no Museu de Arte Moderna, MAM, recital de  Isabel Ferreira,voz  e Maria Luisa Lundberg,piano. Obras de Charpentier,Fauré, Debussy, Boito, Puccini, Schumann,Villani-Cortes, Lorenzo Fernandez e

Mignone.

Av. Infante D. Henrique 85- Flamengo

Dia 26,às 18h, no Museu do Exército- Forte de Copacabana, recital do Duo

Carol Panesi,violino e Salomão Soares, piano executando os Clássicos Brasileiros.

Praça Coronel Eugenio Franco 1- Copacabana

Dia 27,às 12h30,no Centro Cultural Banco do Brasil, Sala 26, recital do pianista José Carlos Vasconcellos. No programa obras de Mompou, Granados,Guastavino,Ponce,Lecuona,Oswald e Gottschalk.

Rua 1º. de Março 66- Centro- 4º. Andar-sala 26

Dica da semana