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Bravo Serpa! Crítica – Concerto de estréia da Orquestra Sinfônica Cesgranrio

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Dia 30 de junho de 2015 às 20h

Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Somente um ícone da educação e cultura,como o Prof. Carlos Alberto Serpa,um homem altamente realizado ao lado de sua Beth,para ter a idéia,nesses tempos tão difíceis,de criar mais uma orquestra!

O sonho é antigo e foi um ato de pioneirismo puro de Carlos Alberto Serpa, presidente da Fundação Cesgranrio,a criação de mais um conjunto sinfônico,formado por jovens,escolhidos mediante uma chamada de edital,onde os músicos fizeram provas,foram selecionados e formaram um novo conjunto,sob a batuta do ainda jovem maestro Eder Paolozzi.

A idéia é de realizar apresentações,de uma maneira itinerante,para um público de diferentes perfis e em diversos espaços,o que é o começo necessário para multiplicar a formação de platéia,tão almejada na música clássica,sobretudo no Rio de Janeiro,e tão importante no atual momento cultural da cidade que vive uma turbulência digna dos mais fortíssimos momentos de um concerto de Prokofiev.

Pois bem,sonho pensado,sonho realizado,e na noite de ontem,subiu ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro,palco onde todos os tipo de de emoções são aceitáveis,sobretudo de um conjunto que toca em público pela primeira vez,tudo é excitação mental,felicidade pelo momento de estar junto,fazer música,estar tocando em um palco que é um verdadeiro templo da cultura do Rio de Janeiro,e assim soaram os primeiros sons da Abertura A Flauta Mágica de W.Mozart,cujos primeiros acordes foram inspirados no mistério da Maçonaria. Mozart sempre uma luz,não poderia ser melhor a obra escolhida para se começar os trabalhos de uma orquestra. A pianista Patrícia Glatzl foi a solista do Concerto nº4 em Sol Maior Op.58 de L.Beethoven,o mais transcendental dos concertos para piano do compositor,linda figura,que soube com muita coragem vencer as surpresas de cada momento.Seria bem melhor que não tivessem ocorrido as oscilações de andamento,não por parte da solista,no desenvolvimento da obra,sobretudo no terceiro movimento do concerto. 

Na segunda parte do programa foi executada a Sinfonia nº5 em Dó Menor Op.67 de Beethoven,onde o equilíbrio sonoro nunca deve ser esquecido,e sobretudo o cuidado com o equilíbrio dos metais deverá ser revisto.

Como trata-se de uma estréia,a orquestra tem um bom caminho pela frente,bem estruturada e o melhor dos propósitos.

O BRAVO da coluna ao Prof.Carlos Alberto Serpa,homem de visão e realização!