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Agenda: festival internacional e charmosa série em Botafogo

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Semana com poucos concertos,o que é uma verdadeira lástima para uma cidade tão maravilhosa quanto o Rio de Janeiro. No meio de tanto marasmo surge um festival internacional e a charmosa série no bairro de Botafogo. Não perdemos a esperança de ver a cidade com mais concertos,tanto de nível nacional quanto internacional,de dar verdadeiramente oportunidade para os artistas brasileiros se apresentarem aumentando o mercado,que às vêzes se mostra aberto demais para os de fora e fechado para os nossos artistas.Para relaxar clica sempre na foto e música clássica se alta qualidade poderá ser ouvida enquanto os leitores fazem a leitura da Sol Maior. 

SOPROS – O VII Festival Internacional de Sopros,o tradicional VII RioWindsFestival,será realizado durante o mês de novembro,marcando assim as comemorações dos 17 anos de “Música no Museu”. Instrumentos de sopros como oboé, fagote, clarineta, flauta e pela primeira vez a gaita.

A abertura do evento será no dia 1º  de Novembro no Teatro Mário Lago do Campus São Cristóvao II do Colégio Pedro II em parceria com o evento Mostra Musical 2014. Artistas nacionais e estrangeiros estarão fazendo concertos em vários lugares da cidade, recebendo pela primeira vez o Trio Texas488 da Texas State University. A novidade deste ano é realização do I Festival de Música Klezmer na Hebraica.

O Curador do Festival de Sopros, o oboísta Harold Emert teve como fonte de inspiração os Festivais Anuais do International Double Reed Society, e foi participante em 5 versões em várias cidades, além de Buenos Aires, na Argentina e Melbourne, na Austrália. Para ele “o Rio de Janeiro é uma cidade aberta para novidades e espera que, com este Festival, comece um novo ciclo, principalmente, para os instrumentos de palheta dupla”,isto é,oboé e fagote  além dos  sopros em geral, ao lado do já vitorioso RioHarp Festival.

Estão previstos 28 concertos no Rio de Janeiro, 5 em São Paulo, 1 em Porto

Alegre e 1 em São Luis, fazendo parte da versão Música no Museu Norte-Nordeste,totalizando,portanto, 35 eventos no mês de novembro.Os concertos da primeira semana serão realizados nos horários abaixo: 

Dia 1º às 11h - Abertura no Colégio Pedro II

Teatro Mário Lago,Campo de São Cristóvão 177

Rua Dom Infante s/n - Centro

Mostra Musical 2014 abrindo o VII RioWindsFestival.

Programa: clássicos brasileiros ao som de flautas.

 

Dia 2 às 11h30h -MAM - Museu de Arte Moderna

Rua Dom Infante s/n - Centro

Trio488 da Texas State Univerity,Austin,Texas

Ian Davidson,oboé,Daris Hale,fagote,e Jason Kwak,piano

Programa: Davidson,Piazzola e Khagondi

 

Dia 3 às 12h30h -Biblioteca Nacional

Rua México s/n.

Trio488 da Texas State Univ,Austin,Texas

 Ian Davidson,oboe,Daris Hale,fagote,e Jason Kwak,piano

Programa: Davidson,Piazzola e Khagondi

 

Dia 5 às 12h30 -Clube de Engenharia

Av. Rio Branco, 124- 20º. Andar- Centro.

Elias Borges,clarineta e Eduardo Henrique,piano

Participação da artista plastica: Julia De Luca

Programa: Jose Siqueira,Saint Saens e Weber. 

Os concertos são todos com entrada franca. 

CONCURSO – O pianistacapixaba Fernando Vago Santana foi o vencedor do 18º Concurso Nacional de Piano Arnaldo Estrella,realizado em Juiz de Fora, pela Pró Música daquela cidade mineira. O artista concluiu seu Mestrado em Piano na Universidade de Kentucky nos Estados Unidos,onde foi assistente da pianista russa Irina Voro. Após seu retorno ao Brasil,voltou a integrar a Faculdade de Música do Espírito Santo, trabalhando no projeto “Núcleo de Excelência em Piano” coordenado pelo pianista gaúcho  Miguel Proença. A existência desse projeto serve como motivação para professores e alunos que há muito tempo não tinham o contato assíduo com o instrumento,visando especialmente a prática da execução pública.

NOVA VIDA – Uma das série de maior sucesso é a Instrumental Nova Vida, que será realizada no próximo dia 4 de novembro às 20h na Igreja Nova Vida de Botafogo, na rua General Polidoro 165,com estacionamento no local,o que é muito mais tranqüilo. Como já e tradição antes do concerto o já aguardado bate-papo com o músico, diretor e produtor Téo Lima,conversando com a platéia sobre música. Para a próxima apresentação o convidado é o violonista Hélio Delmiro,carioca da gema, que ainda adolescente,começou a dedilhar um cavaquinho que ganhou de seu irmão Juca.Aos 14 anos, entusiasmado pela bossa nova, dedicou-se ao violão. Autodidata,aos poucos foi apurando a sua técnica e começou a integrar o conjunto de Moacyr Silva,formando o grupo Fórmula 7,que contava com Claudio Caribé, Márcio Montarroyos, Luizão e animava os bailes da Zona Norte e tocava um pouco de jazz nos intervalos. Nas reuniões dominicais do Little CIub, conheceu Victor Assis Brasil, com quem trabalhou em seus grupos de jazz. Ainda na década de 60 trabalhou com estrelas como Elizete, Marlene, Elza Soares, Miltinho e Dóris Monteiro e pelos maestros Nelsinho e Carlos Monteiro de Souza. Passou três anos com Elis Regina, gravando com a cantora e Tom Jobim nos Estados Unidos e participou de um especial para a Tv com Michel Legrand. Já em 1970 tocou com Luiz Eça e com os jazzmen Paul Horn, Jeremy Steig, Dave Grusin e Lalo Schifrin, sendo considerado pelo último o melhor guitarrista da América do Sul. Estudou algum tempo música erudita com o propósito de desenvolver sua técnica instrumental. Investiu na área de produção, coordenando os álbuns de Clara Nunes e João Nogueira em 1975. Tocou em duo com Luiz Eça em 1978 no Festival de Jazz de São Paulo, sendo considerado por Larry Coryell e Leonard Feather um artista de categoria internacional.

Na década de 80, gravou um belíssimo disco, "Samambaia," junto com o pianista César Camargo Mariano. Identificado como guitarrista de jazz, Hélio prefere se definir como músico brasileiro. Seu segundo álbum solo é "Chama",sendo gravado em 1984 pela Som da Gente. Por motivos pessoais e espirituais, Delmiro se retirou da vida noturna, vivendo uma fase mais reclusa. Mas isso não foi impedimento para em 1991 gravar o álbum "Romã  Hélio Delmiro in Concert," com um quarteto que contava com Rique Pantoja ,piano e teclados, Nico Assumpção, baixo elétrico e Carlos Bala,bateria. Começou a produzir e apresentar um programa de jazz na Rádio Record no Rio de Janeiro,o Jazz entre Amigos. Naquele ano, fundou também o selo, Lines Records, sendo seu diretor, e gravou o show ao vivo, Romã, na Sala Cecília Meirelles. No lado acadêmico foi o professor titular no XVI e XVII Seminário Internacional de Verão,na Faculdade de Música de Brasília, e professor no Seminário de Violão Latino-americano, no Festival de Inverno de Campos de Jordão em 1995. Seu encontro com o violonista Guinga, lhe rendeu o  premio de  Melhor Espetáculo Instrumental do Ano pelo O Globo. Foi diretor musical e tocou no concerto, Tributo a Elis Regina, em 1998, no Town Hall theater em Nova Iorque.Também naquele ano, ele trouxe o maestro e pianista Clare Fischer com quem ele tocou um duo, no SESC Pompéia,em São Paulo. No ano seguinte, ele tocou novamente com Fischer, no Jazz Bakery, na Califórnia, também gravando com ele o CD Simbiose, que inclui dois standards americanos, duas músicas de Tom Jobim, e nove originais, cinco de Delmiro e quatro de Fischer. A mais recente obra de Delmiro é "Compassos", lançada em 2004, onde ele mesclou músicas de sua autoria, como Compassos e Esperando, com standards americanos, como My favorite Things e Round Midnight.

Para os admirados de tão prestigiado artista a coluna recomenda chegar com antecedência,pois todos os eventos da série estão sempre lotados.

Dica da Semana: Rachmaninov, por Kissin. O máximo