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Conversando com o produtor Lauro Gomes

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Nossa conversa hoje é com o festejado produtor e apresentador Lauro Gomes que, desde 1985, faz o programa Música e Músicos do Brasil, um dos mais antigos da Rádio MEC. Lauro foi um dos fundadores da FM na emissora. Além de articulador, estudou canto, mundo que conhece muito bem. Dirige óperas e óperas em forma de concertos, produz também o badalado programa Sala de Concerto, com transmissões ao vivo todas  às sextas-feiras, às 17 horas, diretamente do estúdio da emissora.

Você é o decano dos produtores da Rádio MEC, e teve a sorte de conhecer, além de uma época diferente na instituição, nomes muito carismáticos que construíram uma época.Quais são os seus projetos para a rádio em 2013?

Tive a grande sorte de entrar para Rádio MEC no seu apogeu, com uma Orquestra Sinfônica, uma Orquestra de Câmara, o Coral da Rádio MEC, o Trio da Rádio MEC, o Quarteto de Cordas da Rádio MEC, Quinteto de Sopros da Rádio MEC, o Quarteto Vocal da Rádio MEC, além de vários duos e solistas. Os maiores nomes da nossa literatura e da nossa música: instrumentistas e compositores trabalhavam na emissora. Era um grande orgulho fazer parte deste mundo. Hoje luto para manter pelo menos o nível artístico na minha programação. Começo o ano com um grande Ciclo – Ernesto Nazareth – 150 anos e logo após farei um sobre Carlos Gomes, abrangendo todas as suas obras e outro reverenciando os 60 anos da morte de Marcelo Tupynambá. No programa Música e Músicos do Brasil, continuarei a focalizar os grandes intérpretes e compositores do nosso país, com entrevistas, lançamento de CDs, recitais ao vivo, etc, etc. Na Sala de Concerto, começaremos no dia 1º de março, com uma programação intensa dos mais consagrados artistas brasileiros e também com alguns nomes internacionais. 

Diretor de óperas com sucesso assim como operetas, o que você acha que está faltando atualmente no Rio de Janeiro? Tem planos e projetos para este ano?

Adoro montar óperas principalmente pelo imenso desafio em fazê-las. Graças a Deus, temos vozes bastante qualificadas para estas tarefas. A Finep e o Helder de Castro têm ajudado bastante nas montagens, porém, nada está programado para este ano. Em 2013 gostaria de montar Lo Schiavo, de Carlos Gomes, Don Pasquale, de Donizetti, I Lombardi, e remontar La Forza Del Destino, ambas de Verdi.

Você não acha que está fazendo falta um concurso de canto na cidade, nos moldes dos que existiam antigamente, como o Concurso Internacional de Canto do Rio de Janeiro? 

Assisti a todos os concursos internacionais. Em 2000, fizemos na Finep o grande Concurso de Canto Francisco Mignone, com um imenso sucesso que revelou, entre os semifinalistas, os hoje credenciados Lee Young, barítono, Edinéia de Oliveira, mezzossoprano, Luciano Botelho, tenor, Magda Belotti, soprano, Alzeny Nello, soprano, Luciana Costa e Silva, mezzossoprano, Murilo Neves, baixo, entre outros. Em 2012 faríamos outro concurso de canto pela Finep. O edital ficou pronto, mas a doença de Helder Castro, que seria o coordenador do concurso, impediu a sua realização. Mas vontade de fazer continua, basta termos um patrocínio. Será que a Finep vai continuar a nos ajudar nesta luta?

Obrigada pela conversa.