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Crítica: a superação de João Carlos Martins 

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Considerado um dos maiores intérpretes de Bach, o pianista João Carlos Martins sempre foi  um grande artista, sobretudo pelo fato heróico de gravar a obra completa do grande compositor alemão para teclado. A grande vitória deste artista foi o ato de superação diante de vários fatos em sua vida.

O ato de superar é para poucos, escolhidos pelo destino. Para João Carlos foram muitas superações, mas uma só certeza, nunca abandonar a música, que nasceu com ele. O virtuose do piano deu vez ao maestro que se encantou com as causas sociais, selecionando músicos para fundar, então, a sua própria orquestra, a Bachina Filarmônica SESI-SP,que já se apresentou, inclusive, no Carnegie Hall e no Lincoln Cernter, em Nova York, onde João Carlos teve grandes triunfos como pianista e voltou a tê-los como regente.

No concerto de 23 de junho, no Theatro Municipal, homenageou a Dell’Arte que faz este ano, 30 anos de soluções e realizações culturais representada por sua presidente, a empresária Myrian Dauelsberg. Foi emocionante também a homenagem do pianista ao grande neurocirurgião Paulo Niemeyer, que restabeleceu a vida da mão esquerda de João Carlos. 

Bach fez parte do programa, e a apoteose foi o Trenzinho do Caipira, de Villa-Lobos, com membros da bateria da Escola de Samba Vai Vai, de São Paulo, que também homenageou o pianista no carnaval de 2010, com o enredo A música venceu. Foi um concerto muito emocionante pelo fato de ver realizado o sonho do maestro João Carlos Martins de nunca mais deixar o palco que tanto adora, que tanto lhe dá prazer e sucesso.

O BRAVO da coluna ao pianista João Carlos Martins, hoje maestro pelo destino, e pelo seu grande ato de superação na vida.