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Amizade antiga

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JORNAL DO BRASIL. Rever essas três palavras estampadas em uma página, formando o título de uma das mais importantes marcas da história de nossa imprensa, é como reencontrar um velho amigo que estava distante há muito tempo. Uma antiga parceria que reaviva lembranças guardadas em algum lugar especial da memória e retoma uma relação de intimidade que permite voltar a chamar o querido companheiro pelo apelido carinhoso: JB.  

Essa abreviação para duas letras traduz a cumplicidade entre o leitor e um jornal que tem o Rio de Janeiro em seu DNA. Ao longo das décadas, o JB sempre manteve um olhar atento e ao mesmo tempo original sobre o que se passava na cidade e no estado. Se havia uma notícia relevante, uma transformação cultural, uma nova tendência, Amizade antiga era por suas páginas que chegavam antes ao público. Sem, é claro, jamais deixar de lado os principais temas nacionais e mundiais. Cosmopolita e genuinamente carioca – esta é a identidade do JB. 

A capacidade de aliar tradição e modernidade é outro traço marcante do JORNAL DO BRASIL. Fundado ainda antes da Proclamação da República, acompanhou as mudanças da sociedade desde então. Sua reforma gráfica, que revolucionou a imprensa brasileira no fim da década de 1950, por exemplo, coincidiu com o momento de transformações por que passava o país, com a aceleração do processo de urbanização e o surgimento da Bossa Nova e do Cinema Novo. 

Em paralelo às mudanças na forma, vieram as de conteúdo. Reportagens mais aprofundadas, valorização de fotos, textos precisos e sempre com o compromisso da isenção na busca pela notícia. Qualidade a serviço da criatividade dos talentos que consolidaram o JB como sinônimo de bom jornalismo. De repórteres a diagramadores, de editores a fotógrafos, uma gama de profissionais de excelência ajudaram a formar gerações de leitores que, ao folhearem as páginas do jornal, ainda eram presenteados com encontros diários com nomes como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Antônio Callado, João Saldanha, Sandro Moreyra, Carlos Castelo Branco, Villas Boas Corrêa, Zózimo Barroso do Amaral e muitos outros. 

Em um tempo cada vez mais veloz como o atual, o retorno do Jornal do Brasil representa o acesso à informação relevante e analítica. É uma notícia a ser comemorada tanto pelos admiradores de longa data, como eu, quanto pelos mais jovens, que conhecerão um veículo que traz o Brasil em seu nome e o Rio de Janeiro em sua alma. Um presente a cariocas e fluminenses. JB, que bom que você voltou!

*Governador do Rio de Janeiro