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Lista de resoluções para 2018

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Como primeiro artigo do ano 2018, quando comemoro “Bodas de Ouro” com o Jornal do Brasil, seria até normal comentar o número de acidentes ocorridos em nossas rodovias, como sempre acontece, em fins de semana prolongados, com mais de 2.179 multas, sendo 1.382 por excesso de velocidade (estas fruto do erro em divulgar a ausência de radares fixos), tudo isto por causa de um mau condicionamento urbano, resultado de uma sinalização deficiente e, em alguns casos, pouco inteligente, alem de uma fiscalização apenas punitiva, longe de ser preventiva, pela sua presença móvel nas rodovias que presenciei nas auto estradas alemães, por onde lá andei aprendendo, em 1968.

Não vou comentar esta rotina, fruto da “presunção de se salvar sem ter merecimento” (pecado venial), esquecidos de que a engenharia de tráfego, como a medicina, exige de quem a utiliza estudo permanente.

Para assim proceder é imprescindível que se tenha humildade, infelizmente ausente na maioria dos que dirigem o trânsito. Todos, sem exceção, enquadrados na filosofia que sempre repito : “Não me preocupam os que não enxergam as soluções, mas, os que não enxergam os problemas.”

Falando, portanto, da esperança que deve prevalecer em todos os espíritos ao se iniciar um Novo Ano, vou me ater a comentar a matéria publicada na grande mídia, com o título deste artigo, enfocando a acadêmica e competente opinião de meu bom amigo professor Paulo Cesar Ribeiro, opinando obre o transporte urbano, segundo a mesma grande mídia, considerado um caos (para mim exagerado conceito) e que foi a seguinte: ”O sistema de transporte numa cidade do porte do Rio não comporta mais serviços independentes entre si. Eles têm que ser integrados, física a tarifariamente. Ônibus-metrô-trem-VLT-BRT e outros têm que se complementar visando à otimização das viagens”.

Neste ponto, devo recordar, homenageando inclusive o saudoso engenheiro de tráfego Gerardo Penna Firme (o irmão que não tive), de quem o Paulo Cesar foi aluno, repetindo a sua resposta quando meu diretor de engenharia no DETRAN GB, na década de 60 do século passado, perguntado se o transporte de massa organizado resolveria o problema da mobilidade urbana, respondeu de maneira brilhante, como era o seu hábito: “O transporte de massa está para a mobilidade urbana como o sexo para o casamento. Ambos são muito importantes, mas sozinhos não criam a felicidade completa”.

Evidentemente, como engenheiro de transportes, não caberia ao professor Paulo Cesar, até por questões de ética, opinar de maneira mais ampla. Limitou-se a responder sobre o assunto transporte. Cabe a mim, analista especializado, ir mais a fundo, inclusive pela preocupação permanente que sempre marcaram as minhas administrações, com a mobilidade dos veículos de socorro, principalmente ambulância. Complementado a abalizada opinião do professor, é imprescindível que, por deficiência da oferta, em face da demanda, seja racionado o uso das vias de tráfego, eu insista na implantação do sistema URV (Utilização Racionada das Vias), o qual como a “água em terreno duro tanto bate até que fura”, facilitando, pela gratuidade que a sua utilização permite para o transporte por ônibus, resolvendo a sugestão da integração tarifária sugerida na matéria da grande mídia, enfocando, apenas, o transporte, além de resolver a mobilidade urbana.