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É a polícia, estúpido! Salve Nelson Motta!

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No artigo “A cidade contra o crime”, publicado no dia 10 NOV 2017, o produtor e compositor renomado NELSON MOTTA, que apresenta níveis  de inteligência e correção em seus escritos bem acima da média (mídia) nacional, cita em paródia a célebre frase de JAMES CARVILLE ao então candidato BILL CLINTON: “É a economia, estúpido”.

De forma semelhante, e com conhecimento de causa por ter vivido em Nova York muitos anos, cita o trabalho do prefeito GIULIANNI na correção de problemas semelhantes ao do Rio de Janeiro atual e arremata brilhantemente: “Nova York continua  a capital mundial do consumo de drogas, mas os traficantes não mandam na cidade”.

Com este prólogo, passe-se a descrever como a inteligência brasileira, mais uma vez, inspirou a americana na obtenção de excepcionais benefícios às pessoas.

Em 1981, (bem antes do Procurador R. GIULIANNI) os Srs FERNANDO ANTONIO POTT, NILTON DE ALBUQUERQUE CERQUEIRA e HELMO DIAS, brasileiros natos e na época Coronéis diante do absoluto e semelhante caos que encontraram em fevereiro do ano, através de competente e modular ação de comando, transformaram completamente a então amorfa e passiva PMERJ, numa Corporação exemplar que passou a cumprir com exação sua destinação legal, a qual, na oportunidade, era apenas o policiamento ostensivo fardado, evoluída na Constituição de 88 para exercício de polícia ostensiva e preservação da ordem pública, onde era apenas manutenção.

Importante aduzir que o Secretário de Segurança Pública em 1981, fazia pedido pela mídia aos Srs bicheiros para que não fizessem greve... sic...!

O que denota a sublime importância da ação de polícia ostensiva (policiamento ostensivo) para a redução e até sublimação dos índices de criminalidade e violência no Estado, compartilhada com o fim de centenárias mortes de Policiais Militares, tal qual neste momento.

Em várias oportunidades ouvi o Cel PM POTT falar aos Comandantes de Unidade Operacionais: ”Sabe por que não morre mais PM, sabe por que não há assaltos e quadrilhas atuando nas suas áreas? Porque vocês estão cumprindo com exação suas obrigações de colocar o policiamento nas ruas e não se corrompem”.

Com absoluta certeza, em 1981, a questão social não era diferente da atual, por isso afirmo que a sua influência nos índices de criminalidade é residual, nada mais.

Na verdade a atual geração de Coronéis PM tomou conhecimento, de alguma forma, dos surpreendentes resultados que uma ação competente de comando proba, não só com a experiência de 1981, como por comandos posteriores em Unidades Operacionais, como os do Cel PM JOÃO LEITE BARRETO no Batalhão Rodoviário em 1981/85, no 3º BPM/Méier em 1987/88, os do Cel PM HELMO DIAS no 3º BPM/Méier, 1982/83, no 16º BPM/Olaria (área do Complexo do Alemão) em 1986/87, no HPM/Rio, em 1988 e no BP Choque em 1989/91, entre outros.

No meu caso, destaco os comandos do 9º BPM/R. Miranda, 1994, 4 meses após a chacina de Vigário Geral e dois dias depois da chacina de Rocha Miranda, no Batalhão de Trânsito, com as mulheres PM em 1992/93, no 23º BPM/Leblon – Rocinha em 1995/96.

Em todos estes a criminalidade despencou, a tropa PM deixou de ser dizimada e trabalhava com altíssimo moral, mormente pela distância da corrupção em todas as suas formas, sendo certo que as comunidades abrangidas hipotecavam total apoio à atuação da PM.

Parodiando o célebre e saudoso carnavalesco JOÃOZINHO TRINTA: “O povo gosta de luxo, quem gosta de miséria é intelectual”.

Na Segurança Pública, “o povo gosta de uma PM forte, honesta e competente, quem gosta de PM fraca e chafurdada é político”.

A agonia da Segurança Pública no RJ só  acabará quando o Cmt Geral da PM, independentemente do Secretário de Segurança Pública (cargo politizado e ausente  dos sistema constitucional), cumprir sua obrigação com a Corporação de Estado e com o povo, e reabrir as Unidades Operacionais fechadas (equivocadamente ou por ordem de tráfico), restabelecer imediatamente o exercício da autoridade constitucional de polícia ostensiva de trânsito, cobrindo, na capital 600 (seiscentos) cruzamentos por dia em dois turnos e outros tantos na região metropolitana e interior, restaurando as AP Tran e MP Tran de apoio, descentralizados pelos batalhões e subunidades, usando o efetivo imobilizado das famigeradas e ilegais UPP’s.

Também deverá atribuir responsabilidade administrativa a todos os Comandantes de Unidades Operacionais do Estado, para que assumam de vez a autoridade constitucional e impeçam pela prevenção e ostensividade durante as 24 H de todos os dias as práticas criminosas em suas áreas de policiamento.

Também deverá determinar a cobertura imediata de todos os setores de Rádio Patrulha, previstos no Plano Diretor, com roteiros e itinerários, assim como, deverão definir as subáreas do PATAMO e o planejamento inteligente de A Rep e OP Tran. Com adequação de viaturas.

Ressuscitar, na urgência, a Instrução de Manutenção da Tropa, diuturnamente, desenvolvendo o cumprimento do Plano Geral de Instrução (PGI), se não houver atual, pode usar o de 1981, idealizado pelo saudoso Cel PM PAULO PORTELA.

Finalmente, restaurar as formaturas de mérito e a otimização das condições administrativas, assinando o convênio previsto no art 25 da Lei Federal 9503 – CTB, com os municípios que receberem a ação ostensiva do policiamento de trânsito. Com certeza, não se precisa nem falar que o rompimento absoluto com qualquer tipo de “arrego”, “acerto” ou “acordo” político partidário e o tráfico de drogas e bandidos em geral, é fundamental, além do conhecimento de que as FARC acabaram na Colômbia!

Datissima Maxima Venia. 

Presidente da NitTrans - Niterói, Transporte e Trânsito S/A.