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A desfiguração da PMERJ no bojo da violência

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O processo de enfraquecimento e desfiguração da única força policial pública do Estado, constitucional e historicamente prescrita, organizada com base na hierarquia e disciplina, já persiste há mais de 30 (trinta) anos, sob as mais variadas nuances e mentiras teóricas, das quais posso destacar os seguintes motes de falsas ideias:

- “A natureza do policiamento é civil.”

-“Há necessidade de se desmilitarizar a Segurança Pública, como se desmilitarizou o país.”

-“A PM é feita para atuar apenas em controle de distúrbios coletivos.”

-“A PM como mantenedora da ordem pública só pode atuar em comoções coletivas, não individuais.”

-“A violência começa no útero materno.”

Entre outras sandices despejadas pós 1983 nos cursos e diretrizes policiais militares, a partir de comandos escolhidos de maneira apócrifa pelos governos estaduais.

Já no pós 2000, com a incrível escalada do tráfico e uso de drogas e no auge político das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), reconhecida como movimento político legítimo pelo Brasil, internacionalmente, alimentadas pelos sequestros e narcotráfico ocupantes de 20% do território colombiano, e diante da força financeira/corruptiva que representavam no Brasil/RJ, novas formas de enfraquecimento da força regular mais eficaz de enfrentamento policial ao crime foram encontradas (minha carreira comprova isto), e assim, por ato administrativo unilateral e draconiano, o governo estadual estabelecido no RJ acabou com o Centro de Operações Policiais Militares, representado por “Maré Zero”, Maré 35, Maré 33, simbolizando a comunicação por rádio, e que controlava e acompanhava durante as 24 horas de todo dia toda atuação policial militar na capital e arredores, com operadores policiais militares experientes (graduados) e chefiados por chefes Oficiais, Cap PM,  Ch do centro, Major PM, Superior de Dia a guarnição, Tem Cel PM Superior de Dia Geral.

Todo este eficaz controle e acompanhamento, inclusive no atendimento de 190, foi retirado da PM, terceirizado para jovens inexperientes operarem, alguns com 18 anos de idade e sem nenhuma experiência policial, sendo os Chefe do Centro e Superiores de Dia, hoje, meras figuras decorativas.

Tudo isso para facilitar “o trabalho dos senhores bandidos, inclusive internos é claro, sem o rígido e respeitado controle de Maré Zero, ícone  histórico de uma ação de policiamento ostensivo eficaz.

Nesta oportunidade/etapa também rebaixaram a quintal a Diretoria Geral de Ensino e Instrução da PM, retirada do Quartel General e instalada nos banheiros da Escola de Sulacap.

Neste processo evolutivo, chegaram em 2007, os “vendedores” e “fechadores” de quartéis PM. Tentaram vender o Quartel General da PMERJ, na R. Evaristo da Veiga, onde me inscrevi para concurso em 1969, fecharam os 1º, 2º (meio pau), 11º, 13º, BPTran, 2ª CIPM, entre outros, e ainda “vomitaram” (desculpem-me, mas é revoltante) para uma imprensa blindada pelo dinheiro que, sic, “PM não precisa de quartel, PM só precisa de caneta e armário...”.

Tudo com a anuência, com a cooperação do Comandante Geral Cel PM, (seria isto mesmo!!!), e incrivelmente de associações de classe certamente amorfas.

Enquanto não se der um basta nisso! Enquanto não se trocar a liderança troncha, que consegue esconder do povo, desesperado e ávido por segurança, um efetivo de 50.000 (cinquenta mil) profissionais de polícia ostensiva, entre homens e mulheres! Enquanto o estado não resgatar para si a obrigação imposta pela própria sociedade, cristalinamente presente no ordo maior: ”Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, será exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio pelos seguintes órgãos:

E lista, em sistema, todas as Policias e suas atribuições.

Como ouvir um magano dizer (e enganar a quantos?) que a culpa é da legislação? Até quando vão repetir esta mentira esfarrapada de incompetentes contumazes e, inexplicavelmente, protegidos e mantidos.

A PMERJ precisa ser salva deste naufrágio sem precedentes na história do Rio de Janeiro! Por quem? Pelo Estado! Pelo Governo! Pelo povo de alguma maneira! E, em última instância, por DEUS!

A PMERJ tem que honrar suas tradições e seus líderes históricos reassumindo o exercício da polícia ostensiva e da preservação da ordem pública, pra todos os fluminenses, colocando imediatamente seu estrondoso efetivo pago pelo povo nas ruas, no policiamento ostensivo, sob todas as suas formas e modalidades, presentes na doutrina formal, na Rádio Patrulha, na Patamo, nas OpTran 1, 2, 3 e 4 nas A Rep 1, 2, 3, e 4. para garantir a incolumidade das pessoas e restaurar a ordem no trânsito.

A mentira acabou, a pulha também! O que estão esperando? Chega!

O que está faltando?

Valha-nos DEUS!

* Presidente da NitTrans