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Colapso dos ônibus como transporte de massa?

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No meu livro, verdadeira catarse ou “Manual para se administrar o trânsito”, intitulado Trânsito como eu o entendo (Editora E-Papers), a cuja tarde de autógrafos, contei com a honrosa presença do meu amigo Fernando MacDowell, hoje alçado aos cargos de Vice-Prefeito, pelo voto e de Secretário Municipal de Transportes, por nomeação, está lá escrito, no seu capítulo 12, com o título: “O grande vilão”, que  trata exatamente do problema do transporte de massa suplementar, o ônibus, infelizmente, por quê, substituiu os bondes, o que mais passageiros transporta.

Pois bem, hoje dia 19, quinta-feira, quando, regularmente, redijo o meu artigo da próxima segunda-feira, no valente JB, fui surpreendido por uma notícia na internet, em que anunciava a denúncia da Rio Ônibus, de que a sua situação era precária e que ameaçada estava de colapso. Com esta previsão, ameaçava os sofridos inúmeros usuários, de ficarem privados do seu péssimo serviço, explorado de maneira errada, por concessão do Município e do Estado, num contrato que visa o lucro, na “contramão” do Primeiro Mundo, onde o transporte público é subsidiado, e se espera dele o lucro social, do rendimento de uma população satisfeita transportada com respeito e conforto. As queixas dos entrevistados vão desde a falta de ar-condicionado, por enguiço nos veículos que o têm, até a presença de baratas, talvez, numa homenagem ao “Rei dos ônibus”, Jacob Barata.

O que me motivou a escrever este artigo, além da calamidade crônica deste serviço, foi a crítica, dos apresentadores do fato, na TV, criticarem o digno e competente Secretário de Transportes, por não comparecer ao jornal televisivo deles, a fim esclarecer esta deficiência, já tantas vezes convidado. Eu, que me considero, assim espero, seu amigo, esperei três semanas  para, finalmente, por ele ser recebido, a fim de tratar de assuntos de interesse público, numa área que milito há mais de meio século. Por este fato, farto de críticas, o Secretário colocou o convite com prioridade zero. Aliás, já dizia meu saudoso mestre político, Dr Francisco Negrão de Lima, em relação às criticas da mídia, para não se responder àquelas esporádicas e isoladas, principalmente as da mídia escrita, um vez que, o seu veículo, no dia seguinte era empregado para os fins mais deprimentes. No caso atual, se o Secretário leu o livro que comprou, para honra minha, irá encontrar no capítulo 12, que trata do assunto, a maneira correta e socialmente justa de usar a iniciativa privada para, em cooperação, atuarem no transporte público.

Atenção, não escrevi o que penso, mas, o que aprendi, como disse, em meio século de estudos e contato com os maiores especialistas do mundo, onde destaco a direção da empresa britânica “International”, a maior planejadora do mundo no setor de transporte por veículos sobre pneus. Finalmente, assim espero, na próxima sexta feira (26), se não houver algum imprevisto, irei expor, pessoalmente, olhando nos olhos, ao meu amigo Fernando MacDowell, tudo o que, “daqui da planície”, um mero contribuinte de impostos espera a contribuir para os que estão no “Olimpo”.

Será pegar ou largar, mas, terei minha consciência tranquila do dever cumprido, não só profissional, mas o da amizade, herdade de seu pai, ex-aluno do meu pai, quando estudante de direito.