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O legado incompleto da Olimpíada

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Como todas as cidades que sediaram Olimpíadas, o Rio não foi exceção, registrando como legado para sua população uma evidente melhoria no seu sistema de transporte e no sistema viário. As verbas alocadas para o evento ajudaram muito a estas transformações. Houvesse mais humildade do atual Prefeito e poderíamos ter, quem sabe, melhores melhorias, desculpando o pleonasmo.

Tive a oportunidade de conferir as das cidades sede, Munique e Barcelona, que pude visitar com este propósito, ver o que melhorou. Barcelona criou uma espetacular marina, onde foi construído um fantástico “Shopping Center” , completando “las ramblas” no local do porto onde atracavam os visitantes ilustres, razão pela qual lá estive atracado a bordo do navio escola “Custódio de Melo”, em 1964. Fora a criação de uma imensa área de pedestres, ao redor da praça de sua catedral, nada mais mudou, uma vez que o seu sistema de tráfego já funcionava sob controle de computadores, de forma eficientíssima. Senhores eu vi, plagiando Gonçalves Dias.

Quanto a Munique, a capital da Bavária, segundo o meu saudoso amigo Peter Müller, antigo diretor da Lufthansa, “a mais carioca cidade da Europa”, foi a que obteve o seu maior legado, ao ganhar o complexo olímpico em torno de seu magnífico estádio, a melhoria enorme do seu sistema viário, com o equacionamento do seu fluxo de carros, através da criação dos três anéis concêntricos em torno do seu centro de negócios, onde criaram uma imensa e amenizada com flores área de pedestres, com o seu “slogan”: a devolução da terra ao seu legítimo dono, o homem a pé. Ganharam o seu UBAHN, já possuíam o seu VLT e, principalmente, graças à Siemens, implantaram o controle de trânsito computadorizado, comandado pelo próprio tráfego, otimizando o rendimento da mobilidade de sua área urbana a níveis suportáveis .Também, neste caso, acompanhei todo o período de instalação, a convite da Siemens e da Internaciones.

Aqui no nosso legado faltou, infelizmente, a instalação de um sistema de controle dos semáforos, comandado por computadores, otimizando-o e eliminado o “sinal burro”, de tempo fixo, cuja “burrice” compromete seriamente a eficácia dos administradores do trânsito da cidade.

Perderam uma oportunidade de ouro que, eu espero, o próximo prefeito corrija, aliando ao sistema otimizado o sistema URV, que além de tornar a nossa mobilidade das melhores do mundo, a sua  arrecadação permitirá a gratuidade de todo, repito todo, o transporte de massa de superfície.

Estou levando esta sugestão ao candidato mais qualificado tecnicamente para ser eleito. É a minha vingança para o desprezo recebido pela atual administração. Graças a Deus, está indo embora, banida pelo voto do povo que é a Voz de Deus. Que assim seja.