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A dislexia da moral e a relatividade dos puritanos 

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A reação de mudez contida no silêncio de segmentos raivosos da sociedade brasileira causa-me espanto, só sendo comparável, em sua extensão, à tentativa de relativizar os crimes desvelados pelo conteúdo impróprio da conversa vazada.

Causa espécie, da mesma forma, a tentativa canhestra de segmentos colaboracionistas da imprensa.

Democracia, respeito às instituições e defesa das salvaguardas constitucionais são preceitos universais e absolutos. Preceitos que não podem depender de escolhas de lado e/ou de ações oportunistas.

A moral republicana não pode ser vista ou proferida como uma escolha em que o "meu lado, minha turma, meus compadres" são melhores dos que os outros, porque os meus e as minhas escolhas estão do lado "certo" e o inimigo imaginário ou real personifica o mal absoluto e portanto deve ser varrido da face da terra.

Tais comportamentos revelam a existência de um raciocínio propenso à dominância do arbítrio, enquanto discurso e características de frouxidão moral e elasticidade ética em sua práxis.

* economista