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Band e jornal ‘Metro’ sujam a liberdade de imprensa

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É inacreditável,  mas a Rede Bandeirantes,  de forma inescrupulosa, afronta sua já rarefeita credibilidade ao, repetidamente, atacar empresas concorrentes interessadas em comprar, via leilão judicial, rede de fibras óticas da TV Cidade, subsidiária do grupo afundada em dívidas estimadas em R$ 680 milhões.  A rede de equipamentos vai a leilão para cobrir inadimplência da emissora. 

Ontem, pelo terceiro dia consecutivo, a  TV Bandeirantes requentou velhas mentiras, caluniou, difamou e injuriou o empresário Nelson Tanure,  legal e legitimamente interessado no negócio de fibras óticas.

Fez mais, a mando de João Carlos Saad, vulgo Johnny, que se esquece de todos os princípios de retidão e de liberdade de imprensa, após ter dado um golpe multimilionário no mercado em que atua. Negou o direito de resposta, mesmo  com o empresário pedindo e até comprando espaço e tempo nos veículos da Bandeirantes para se defender, em comportamento que  lembra os tempos da ditadura  e se assemelha aos ataques à liberdade de imprensa que hoje acontecem na Argentina e na Venezuela. Sua empresa faz censura prévia de anunciantes, fato condenável em qualquer sociedade democrática do mundo.

O direito de defesa, é bom Johnny saber, é garantido a qualquer cidadão pela Constituição brasileira. 

É assim que agem ditadores, golpistas, estelionatários, falsários, chantagistas e praticantes de jornalismo marrom. Johnny esquece-se de que sua emissora é uma concessão pública do governo federal, e, além de vender irresponsavelmente o espaço para questionáveis pastores evangélicos, usa-a para seus nojentos e condenáveis fins pessoais. Concessão que perderá, se a empresa falir. 

Johnny Saad será cobrado na Justiça para responder pelos vergonhosos atos do Grupo Bandeirantes, agravados pela repetição de ataques na televisão aberta, na televisão a cabo e no seu desqualificado jornaleco.

Resta ainda uma pergunta, que salta aos olhos em uma reportagem que o Jornal do Brasil publica hoje. O que esperar de alguém que, como Johnny, desrespeita o testamento deixado pelo próprio pai e, por isso, é acionado judicialmente por seus irmãos? Johnny Saad, assim, acata a célebre definição feita pelo ex-deputado Clodovil Hernandes: “É um ladrão”.