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Delegado: falsa comunicação de crime vira moda entre os que querem entrar na Cidade do Rock sem ingresso

Segunda semana do Rock in Rio tem queda no número de roubos e furtos

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Depois da enxurrada de roubos e furtos que tomaram conta da Cidade do Rock na semana passada - mais de 400 - uma nova modalidade de crime tem chamado a atenção dos policiais civis e de um delegado, que atuam nas imediações do festival: algumas pessoas, segundo a Polícia Civil, dizem que estão tendo ingressos roubados para tentar entrar gratuitamente na Cidade do Rock.

"Ontem (29), um rapaz foi fichado por comunicação falsa de crime, e hoje (30) o mesmo aconteceu. Quem não tem ingresso chega aqui dizendo que foi roubado na intenção de conseguir entrar de graça", contou o coordenador do posto da Polícia Civil na Cidade do Rock, delegado Orlando Zaccone. "Quando a gente começa a tomar o depoimento, há quem acabe caindo em contradição e confesse que está mentindo".

O que pode parecer apenas uma mentira inofensiva, no entanto, pode render uma anotação criminal. 

"O meu conselho para aqueles que querem ser espertos é que assistam aos shows pela TV. O número de pessoas que procurou a polícia informando roubos falsos ainda é baixo, espero que não aumente", destacou o delegado. 

Apesar da queda no número de roubos e furtos na Cidade do Rock nesta semana em comparação com a semana passada, criminosos ainda agem no Rock in Rio. Na noite de quinta-feira (29), foram registrados 34 furtos e 11 extravios. Até as 21h desta sexta-feira (30), um registro de roubo havia sido feito, além de outros cinco de furto e quatro de extravios. Apenas um cambista foi preso.

Cambistas

Questionado sobre as dezenas de cambistas que agem no posto de desembarque dos ônibus circulares do Rock in Rio, o delegado informou que o combate a este tipo de crime deve ser feito pela Polícia Militar. 

"Não tenho efetivo para isto, e trata-se de um trabalho da PM", afirmou. "Estou com uma equipe fazendo um trabalho de inteligência na tentativa de identificar alguns membros desta quadrilha. Até agora, sete pessoas já foram presas por vender ingressos irregularmente", concluiu.