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Parque testemunha recuperação do maior acidente ambiental da Baía de Guanabara

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Em 18 de janeiro de 2000 foram derramados 1,3 milhão de litros de óleo combustível, no maior acidente ambiental já ocorrido na Baía de Guanabara. Imagens da gigantesca mancha de óleo, de 40 km², e de aves agonizando com suas penas encharcadas de petróleo correram o mundo. O reverso dessa tragédia começa a ser revelado nestas imagens do Parque Natural Municipal Barão de Mauá, em Magé, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, cuja criação começou em 2012, quando o mangue foi transformado em unidade de conservação. A iniciativa abriu caminho para que a recuperação do mangue se beneficiasse de um Termo de Ajustamentio de Conduta (TAC), assinado em 2014 entre o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a petroleira Chevron, para estabelecer ações de compensação ambientais pelos desastres provocados pela empresa. O parque foi criado em áreas de mangue antes totalmente devastadas pelo acidente que envolveu o duto que ligava a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) ao terminal da Ilha do Governador, onde nenhuma árvore sobreviveu.

O processo de recuperação começou a partir de uma parceria da ONG Onda Azul com o governo federal, no projeto Mangue Vivo. Foram removidos os dejetos acumulados, enquanto o espaço se tornava um laboratório vivo de ambientalistas e mão de obra local. Houve uma produção excedente de sete mil mudas, que serão distribuídas em áreas degradadas. Agora, o desafio é tornar o parque - um case de sucesso - em espaço atraente ao turismo.