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Dr. Bumbum e sua mãe seguem para presídio no Rio

Médico é acusado de homicídio

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O médico Denis Furtado, conhecido como Doutor Bumbum, e sua mãe, Maria de Fátima Furtado, deixaram a 16ª Delegacia de Polícia, na Barra, com destino ao presídio José Frederico Marques, em Benfica. Segundo a delegada titular, Adriana Belém, eles prestaram depoimento durante toda a noite com objetivo de esclarecer pontos sobre a morte da bancária Lilian Calixto, ocorrida no último fim de semana.

Ambos foram presos na tarde de quinta-feira (19), pela Polícia Militar (PM), quando estavam no escritório de seu advogado, Marcus Braga, em um conjunto comercial na Barra. Segundo a delegada, já havia sido combinado com a defesa a entrega dos dois na delegacia, mas a PM acabou se antecipando e efetuando a prisão.

Durante coletiva de imprensa, realizada na própria delegacia, Denis Furtado alegou que Lilian saiu da mesa de procedimentos lúcida e caminhando, mas que começou a se sentir mal e foi encaminhada, por ele, ao Hospital Barra D´Or. O médico disse que não sabia dizer o que ocorreu com a paciente, depois que ela entrou no hospital.

Hospital

Em nota à imprensa, o hospital afirmou que prestou adequado atendimento a Lilian e que acionou as autoridades que apuram o fato.

“A paciente deu entrada na emergência do hospital, no dia 14, por volta das 23h, em quadro extremamente grave, não responsivo às manobras de recuperação e foi a óbito à 1h, do dia 15. Em momento algum houve impedimento ao acesso de qualquer profissional, familiar ou acompanhante - respeitando as regras internas da unidade. O hospital ressalta ainda que o acompanhamento de pacientes por seus médicos assistentes é uma rotina”, disse o hospital.

O médico disse aos jornalistas que não pôde acompanhar sua paciente nem o tratamento dispensado a ela durante a internação no Barra D´Or.

Mãe e filho envolvidos em outro caso

Denis e sua mãe também se viram envolvidos em outro caso de morte, em 1997. De acordo com o site G1, um detetive teria pedido o indiciamento da dupla pela morte do então companheiro dela, José Roberto Camillo Monteiro.

No Tribunal de Justiça do Estado do Rio, o processo consta como arquivado, a pedido do Ministério Público, em 4 de agosto de 2017, mais de 20 anos após o assassinato – prazo em que o crime prescreve.

O assassinato aconteceu no dia 12 de março de 1997, em uma casa no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. José Roberto foi achado com um tiro na cabeça, deitado na cama do quarto que dividia com Maria de Fátima.

O detetive responsável pela investigação apontou, na ocasião, que havia contradições nos depoimentos de Denis e Maria de Fátima. A mãe contou que estava deitada de bruços quando ouviu um barulho forte que parecia ser tiro. Ao tentar se virar, foi impedida por uma pessoa que usou um travesseiro para sufocá-la. No entanto, a perícia informou que o travesseiro ao lado da vítima não aparentava ter sido utilizado.

Além disso, Maria de Fátima e Denis disseram que José Roberto foi buscá-la no consultório onde trabalhava, na Barra, mas o motorista da família informou em depoimento que ela havia passado o dia inteiro em casa.

Maria de Fatima também disse ter tentado levantar o companheiro da cama, mas não conseguiu por conta do peso. A perícia disse que o corpo não foi removido de sua posição de repouso em nenhum momento.

Denis disse que ao chegar em casa, o portão estava aberto e os cães não estavam na casa. O motorista desmentiu essa versão e disse que o portão estava fechado, sem cadeado, e os cachorros estavam soltos. Denis também disse que passara o dia anterior à morte com a mesma roupa, que ele tinha usado para trabalhar. O motorista contou que viu o médico vestir um pijama em casa.