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"Dr. Bumbum" é preso no Rio de Janeiro

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A Polícia Militar do Rio de Janeiro prendeu na tarde desta quinta-feira (19) o médico Denis César Barros Furtado, o "Dr. Bumbum", de 45 anos. Ele é acusado da morte da bancária Lilian Calixto, de Cuiabá (MT), ocorrida no último domingo, depois de submetê-la a procedimento estético irregular, realizado em sua cobertura, na Barra da Tijuca.

De acordo com a PM, a partir de uma chamada do Disque-Denúncia, policiais do setor de inteligência do 31º Batalhão conseguiram encontrar e prender o médico. Os oficiais o acharam em um centro empresarial na Barra da Tijuca. 

O Disque-Denúncia oferecia recompensa de R$ 1 mil por informações que levassem a polícia ao "Dr. Bumbum" e a sua mãe, Maria de Fátima Barros Furtado, 66. Maria de Fátima também foi detida pelos policiais militares.

>> Em vídeo, "Dr. Bumbum" diz considerar morte de paciente uma 'fatalidade'

"Dr. Bumbum" foi indiciado por homicídio doloso e associação criminosa e teve a prisão decretada pela Justiça.

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Quem é o "Dr. Bumbum"

Antes do crime de que é acusado - homicídio com dolo eventual, por ter provocado a morte da vítima ao injetar polimetilmetacrilato, conhecido como PMMA, nos glúteos da paciente - Furtado demonstrava desembaraço na propaganda de seu trabalho. De jaleco, dirigia-se em vídeos a 655 mil seguidores no Instagram e 45 mil no Facebook. Falava de doenças, citava Sigmund Freud e Charles Chaplin e criticava os conselhos de medicina. Acusava as entidades de cerceamento de certos procedimentos que realizava.

"Médicos como eu, que buscam inovar, são tão perseguidos que pensam em desistir e deixar pra lá (as práticas de) estudar e se atualizar, e se render ao sistema (sic)", escreveu, em janeiro. "Na minha opinião, (o sistema) lucra mais com doença que com saúde, perseguindo e vetando qualquer novidade que ameace a indústria e as mentiras já impostas como fatos."

O que diz a defesa do "Dr. Bumbum"

Em uma entrevista coletiva que durou menos de quinze minutos, a advogada Naiara Baldanza deixou de responder pontos importantes do caso, como se o médico operava em sua residência ou quando ele deve se entregar à polícia. Ela afirmou que o julgamento em relação ao médico é precoce e que ele tem episódios de síndrome do pânico, por isso a dificuldade em se entregar à polícia.