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Motoristas de vans lotam galerias da Câmara para acompanhar audiência

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Os motoristas de transporte alternativo que operam no município do Rio de Janeiro lotam as galerias da Câmara de Vereadores para acompanhar a audiência pública da Comissão de Transportes que vai analisar reivindicações da categoria.

Paralisados desde a meia-noite, os profissionais reivindicam que a prefeitura conclua um processo de licitação, que teve início em agosto de 2016, no qual seriam emitidas 967 novas permissões e formado um quadro de reservas com 828 motoristas.

“Na Câmara Municipal vamos acompanhar a audiência pública junto a Comissão de Transportes para expormos os problemas que afetam a categoria e que não foram atendidas até o momento pela prefeitura”, disse Vitor de Souza Rodrigues, representante do Movimento em Defesa do Transporte Alternativo (MDTA).

“A gente acredita que, por meio da Câmara, que é a casa do povo, os vereadores possam fiscalizar com mais afinco e cobrar do Executivo soluções definitivas para a nossa categoria. É uma luta que vem desde o governo passado sem que nossas reivindicações sejam atendidas.”

Mais cedo, os motoristas saíram em comboio de diversas partes da cidade com destino à Câmara.

Ociosidade

Segundo Rodrigues, diversas linhas licitadas não dão retorno aos permissionários e também não atendem às reivindicações dos usuários.

“Nós queremos uma reorganização dos itinerários de modo que eles passem a ter rentabilidade, dando retorno e, ao mesmo tempo, atendendo à população. Podemos afirmar que 90% do sistema tem linhas operando de forma deficitárias. Em alguns casos são pequenos ajustes e em outros não tão pequeno assim devido ao tamanho da frota”.

A categoria reivindica ainda o cancelamento de multas aplicadas por operação fora de rotas previamente definidas. Segundo Rodrigues, muitos motoristas têm feito outras rotas “para poder sobreviver” o que vem gerando penalidades.

Ele disse que a categoria vem solicitando à prefeitura que o monitoramento e a fiscalização sejam feitos por outras empresas que não estejam ligadas diretamente à Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetransport).

A Agência Brasil entrou em contato com a prefeitura do Rio de Janeiro e com a Secretaria de Transportes do município, mas até o momento da publicação desta matéria não obteve retorno.