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Intervenção no Rio faz 1 mês em meio à morte de Marielle

Vereadora foi assassinada na última quarta-feira (14)

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A intervenção federal militar no Rio de Janeiro, decretada pelo presidente Michel Temer, completa um mês nesta sexta-feira (16). A morte da vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros na última quarta-feira (14), demonstra que pouca coisa mudou.

A princípio, houve a troca de nomes na Polícia Militar e Civil em algumas regiões, operações na Zona Oeste do Rio e na favela de Vila Kennedy, além da apreensão de armas nas rodovias de acesso ao estado. A primeira ação das Forças Armadas ocorreu em 19 de fevereiro.

Mais de 3 mil integrantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, como policiais civis e militares, homens das Forças Nacional de Segurança e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), montaram pontos de bloqueio e fiscalização nas vias de acesso no Rio. O Instituto de Segurança Pública ainda não divulgou os dados da situação do Rio de Janeiro. No entanto, de acordo com um relatório levantado pela plataforma "Fogo Cruzado", o mês de janeiro, registrou 688 tiroteios, o que representa uma média de 22 por dia. Os dados de fevereiro não foram informados.

Em meio à comoção mundial pelo assassinato de Marielle, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o plenário da Corte analise a ação do PSOL que pede anulação do decreto presidencial de intervenção federal na segurança pública do Rio. A data não foi definida.

No pedido, o partido da vereadora morta pede uma concessão para suspender imediatamente os efeitos do decreto assinado por Michel Temer. Um dos motivos é que a medida é desproporcional e inadequada, além de a Constituição não prever uma intervenção parcial.