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“Todos os sinais eram de execução”, diz testemunha que viu cena do crime contra Marielle Franco

"Vi um carro estraçalhado, muito sangue e uma moça em estado de choque"

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De acordo com um jovem que chegou ao local do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) instantes após o fato, todas as características do crime levam a crer que foi uma execução. “Todas as pessoas que estavam no local falaram em execução, nada foi levado. Não sou perito, mas todos os sinais de violência me levam a acreditar nisso”, afirmou o estudante, que voltava para casa e preferiu não ser identificado. Ainda de acordo com o que ele ouviu de outras testemunhas no local, o crime teria sido cometido por mais de um atirador.

“Quando cheguei no local vi um carro estraçalhado, muito sangue e uma moça em estado de choque. Naquele momento tinha cerca de meia dúzia de pessoas ao redor. Parei para prestar assistência, mas ainda não sabia o que tinha acontecido. Na hora achei que fosse uma batida de carro, só então eu vi que eram tiros”, afirmou.

Ele também disse que a assessora tentou parar o carro após o motorista ter sido atingido. “Ela disse que se atirou ao volante pois o motorista já tinha sido morto no atentado.”

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Inicialmente, ele achou que a única vítima era o motorista do veículo. “Vi uma pessoa morta na frente, o motorista. Achei que fossem só essas duas pessoas, um casal, pois tinha uma moça viva. Depois fiquei sabendo que ela era a assessora da vereadora. Mas na hora pensei que era só um casal e que o marido tinha morrido.”

O estudante também especulou a direção para a qual o carro dos bandidos teria seguido. “Imagino que eles não tenham ido pela Rua Estácio de Sá, já que tinha viatura policial antes do local do crime e não tinham muitas depois."

Deputado Flavio Serafini comenta sobre morte da vereadora

“Foi uma violência covarde, com todas as características de suma execução. Por isso é ainda mais importante que esse crime seja investigado”, afirmou o deputado estadual Flavio Serafini (Psol) sobre o assassinato da companheira de partido.

“A posição do Psol é de cobrar que os responsáveis sejam punidos. A Marielle tinha um histórico de liderança de militâncias sociais, era uma mulher de muita força, de origem pobre, que construiu uma trajetória de luta. O sentimento é de muita tristeza e indignação”, disse o deputado, emocionado.