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Dor pelo assassinato de Marielle invade o Twitter

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A comoção pelo assassinato da vereadora do PSOL Marielle Franco, no Rio de Janeiro, foi o assunto mais comentado no Twitter besta quinta-feira, com hashtags como #MariellePresente. 

Milhares de pessoas, incluindo políticos, personalidades e atletas expressaram sua dor pela morte da jovem vereadora e de seu motorista Anderson Pedro Gomes, que foram atingidos por pelo menos nove tiros dentro de um carro no bairro do Estácio. 

O cantor Caetano Veloso tuitou um clipe dedicado a Marielle. "Estou triste, tão triste, muito triste", diz o verso cantado ao som do violão. 

"Toda morte me mata um pouco. Dessa forma me mata mais. Mulher, negra, lésbica, ativista, defensora dos direitos humanos. Marielle Franco, sua voz ecoará em nós. Gritemos", escreveu a cantora Elza Soares.

A onda de repúdio cresceu com o passar das horas e ultrapassou as fronteiras do Brasil.

Figuras políticas como o presidente de Bolívia, Evo Morales, e a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, também condenaram o crime, assim como o Alto Comissariado das Nações Unidas no Brasil e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

"Exigimos que o Brasil realize uma rápida e efetiva investigação que estabeleça as responsabilidades materiais e intelectuais do assassinato da defensora de direitos humanos Marielle Franco, e sancione os responsáveis", tuitou a Comissão.

"A relevância política de Marielle, assim como suas denúncias e o contexto de seu assassinato são fatores determinantes que devem ser tratados como ponto central na apuração dos fatos", afirmou o Centro pela Justiça e pelo Direito Internacional.

"#Marielle Franco, Mulher negra, bandeira da luta na periferia do Rio de Janeiro, ativista pelas causas sociais, foi assassinada ontem... muita dor, impotência, tristeza e raiva. Marielle, sua voz nunca será calada...", escreveu o ex-jogador de futebol argentino Juan Pablo Sorín em sua conta oficial.

Muitos prestaram homenagem retuitando publicações prévias da vereadora, que um dia antes denunciava o homicídio de um jovem na favela do Acari e questionava: "Quantos mais terão que morrer para que esta guerra acabe?". O tuíte viralizou, compartilhado por mais de 7.000 pessoas e com mais 17.000 mil "likes" nesta quinta.

As últimas publicações nas redes sociais de Marielle Franco, pouco antes de seu assassinato, relatam as intervenções dos participantes em um ato de reivindicação das mulheres negras.

Marielle Franco tinha presença ativa nas redes sociais denunciando a violência policial nas favelas e lutando contra a discriminação racial e de gênero.