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Direitos Humanos e interventor da Segurança analisam morte de vereadora no Rio

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Com "indignação profunda", o Ministério dos Direitos Humanos divulgou "tristeza e pesar" pela morte da vereadora Marielle Franco, 38 anos, assassinada nesta quarta-feira (14), na região central da cidade, junto com o motorista da parlamentar, Anderson Pedro Gomes, 39 anos. Os dois morreram na hora.

O ministro Gustavo Rocha e Observario vão se reunir nesta quinta às 14h, com o interventor federal na segurança pública do Rio, general Braga Netto, no Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, para reforçar o pedido de rigor nas investigações do crime. Todo o aparato do Observario e a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos estão mobilizados para acompanhar o caso.

De acordo com o ministro, “o Brasil e o Rio de Janeiro não podem mais aceitar o estado de barbárie que leva a crimes como o que vitimou Marielle. Neste momento, governo e sociedade civil precisam estar unidos para buscar soluções concretas de segurança, sem perder de vista o fundamento indispensável do respeito aos direitos humanos”.

Líder significativa e símbolo do ativismo em direitos humanos, Marielle teve atuação decisiva na defesa dos direitos de todos os cidadãos, com lutas expressivas na área de segurança pública e nas causas das mulheres, negros e Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros.

Celso Amorim e MPRJ também se pronunciaram sobre crime

O ex-chanceler Celso Amorim também divulgou nota: "O assassinato brutal de Marielle Franco nos faz refletir sobre os objetivos e o sentido da intervenção federal/militar no Rio de Janeiro. Para além da comoção indignada pela execução de uma mulher lutadora pelos direitos dos pobres e desvalidos, temos que exigir uma apuração ampla e transparente sobre os autores do hediondo crime. O que está em jogo é a segurança de todos, mas principalmente daqueles que dedicam suas vidas à defesa dos direitos humanos."

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) também divulgou nota: "O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) vem externar sua profunda indignação com a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), militante dos direitos humanos, e de seu assessor Anderson Pedro Gomes, covardemente assassinados na noite de ontem, 14/03. O significado da morte da vereadora extrapola as suas funções públicas e expressa, sobretudo, um ataque às lutas pela igualdade de raça e gênero, bem como pela justiça social. O MPRJ, por meio de seus órgãos competentes, não medirá esforços para, juntamente com os demais organismos de segurança pública, identificar e punir os autores deste crime bárbaro."

Com Agência Brasil