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Cerco das Forças Armadas na Cidade de Deus é pontual, diz coronel

Até o momento, 32 pessoas já foram detidas

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O coronel Roberto Itamar, porta-voz do Estado-Maior Conjunto nas Ações em Apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública, disse que o cerco das Forças Armadas, na Cidade de Deus são pontuais e não devem permanecer por longo período de tempo. As forças federais participam, desde as 5h desta quarta-feira (7), de uma operação conjunta com as polícias Civil e Militar em vários pontos estratégicos do Grande Rio. Até o momento, 32 pessoas já foram detidas. 

“Logo após os mandados de prisão e busca e apreensão forem cumpridos, a operação será desfeita. Não vamos continuar por lá por muito tempo”, disse Itamar.

O coronel explicou que as Forças Armadas estão retirando obstáculos colocados pelo tráfico de drogas para impedir a passagem dos carros da polícia. “Até agora já retiramos nove obstáculos, mas ainda têm dezenas para serem retirados”, completou.

Ele disse ainda que há também ações de controle e fiscalização na Rodovia Niterói-Manilha, em São Gonçalo, na região metropolitana, e também no Arco Metropolitano, onde estão sendo feitas ações de patrulhamento, com revistas a carros, motos e caminhões em atitude suspeita. A ação conta com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Por medida de segurança, por conta da violência e da operação policial na Cidade de Deus, 14 escolas, cinco creches e seis Espaços de Desenvolvimento Infantil estão fechados, segundo a Secretaria Municipal de Educação.

Operação na Cidade de Deus

Na terça-feira (6), um confronto entre policiais e criminosos fechou a Avenida Brasil no sentido Centro, na altura do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, e as Linhas Vermelha e Amarela. 

Segundo a PM, a operação teve início a partir de denúncias pelo serviço 190 sobre policiais que teriam sido sequestrados e estavam sendo mantidos por traficantes na comunidade Nova Holanda, na Maré.

Uma menina de 3 anos e um adolescente de 13 foram vítimas de tiroteios nesta terça-feira. A menina Emilly Sofia Neves Marriel foi atingida por disparos feitos por criminosos contra o carro da família dela, quando saía de uma lanchonete em Anchieta, na zona norte do Rio de Janeiro.

O outro caso envolve um confronto entre policiais e traficantes na comunidade Nova Holanda, no Complexo da Maré. O adolescente Jeremias Moraes foi atingido durante a troca de tiros e levado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, mas não resistiu e morreu. 

*com Agência Brasil