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MPF oferece 21ª denúncia contra  Sérgio Cabral

Ex-governador já é réu em 20 processos, e condenado a 87 anos de prisão

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O ex-governador do Rio Sérgio Cabral foi denunciado pela 21ª vez, pelo Ministério Público Federal (MPF), em desdobramentos das operações Calicute, Eficiência e Mascate. Cabral é apontado mais uma vez como líder de uma organização criminosa. De acordo com a denúncia, foram cometidos mais de 200 atos de lavagem de dinheiro pelos denunciados.

Além de Cabral, são citados Ary Ferreira da Costa Filho, Sérgio Castro de Oliveira, Gladys Silva Falci de Castro Oliveira, Sonia Ferreira Batista, Jaime Luiz Martons e João do Carmo Monteiro Martins.

De acordo com os procuradores, os crimes de lavagem de dinheiro ocorreram nas seguintes modalidades: 165 atos de lavagem de dinheiro com a transferência entre 10 de outubro de 2007 a 22 de agosto de 2014 de R$ 6.858.692,06 de contas em nome de empresas do Grupo Dirija para contas em nome da empresa Gralc Consultoria (LGR Agropecuária).

Segundo a denúncia, ocorreram 39 atos de lavagem de dinheiro entre 30 de dezembro de 2009 a 2 de maio de 2011 de R$ 1.074.582,50 de contas em nome de empresas do Grupo Dirija para contas em nome da empresa Falci Castro Advogados e Consultoria.

Os procuradores também afirmam que houve oito atos de lavagem de dinheiro com a transferência entre 30 de setembro de 2013 a 22 de agosto de 2014 de R$ 157.540 de contas em nome de empresas do Grupo Dirija para contas em nome da empresa SFB Apoio Administrativo.

Condenações

No dia 19 de dezembro, Cabral foi condenado pela quarta vez na Operação Lava Jato, desta vez, no âmbito da operação Eficiência 2. O juiz da 7ª Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas, sentenciou a mais 15 anos de prisão. Como Cabral já tinha sido condenado a 72 anos de prisão em três processos, agora, as penas somam 87 anos. 

No último dia 18, o ex-governador foi transferido do presídio de Benfica para o presídio do Paraná, após investigação do Ministério Público Federal apontar que ele estaria recebendo regalias tanto na penitenciária de Bangu quanto na de Benfica. O então secretário de Administração Penitenciária, coronel Erir Ribeiro, foi substituído.