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Febre amarela: mesmo após mortes, Rio não vai antecipar vacinação fracionada

Campanha começa no dia 19 de fevereiro. Secretário garante que postos têm doses suficientes

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Apesar dos recentes casos de morte por febre amarela no estado do Rio, o secretário Estadual de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Júnior, afirmou nesta terça-feira (16) que a campanha de vacinação fracionada não será antecipada. Seu início continua marcado para o dia 19 de fevereiro.  

O secretário frisou que o Rio dispõe de doses suficientes para toda a população, e por isso não haveria necessidade de antecipação. "Todos os municípios têm doses suficientes e nós atendemos a todas as solicitações de reposição. Visitei quase todos os municípios do estado pregando a vacinação. Estamos implorando a população para vacinar. Não há motivo para iniciarmos o fracionamento nesse momento, enquanto temos doses para todo o estado", disse o secretário, em evento no Hospital Pedro Ernesto, da Uerj. A estimativa da Secretaria estadual de Saúde é de que mais de oito milhões de pessoas, de um  total 14 milhões (público alvo) ainda não foram vacinadas. 

Mortes

A Secretaria de Saúde confirmou na segunda-feira (15) a ocorrência de mais dois casos de febre amarela em humanos no território fluminense. Dois moradores de Valença, no centro-sul do estado, morreram após contrair a doença. O resultado foi confirmado após exames laboratoriais realizados pela Fiocruz. Com isso, chega a quatro o número de casos confirmados e a três, o de mortos pela doença este ano. A outra morte foi em Teresópolis, na região serrana.

A secretaria acrescenta que os casos registrados até agora são do tipo silvestre, transmitido pelas espécies de mosquito Haemagogus e Sabeths, presentes em áreas de mata. A nota ressalta que não há registro da forma urbana da doença, transmitida pelo Aedes aegypti, desde 1942 no país.

Corpos de macacos encontrados perto da Floresta da Tijuca serão analisados

Os corpos de quatro macacos prego encontrados na manhã de segunda-feira (15) na Rua Alves Câmara, entre o Alto da Boa Vista e a Usina, próximo à Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, serão encaminhados para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para que sejam feitos exames para identificar se estavam infectados pelo vírus da febre amarela.

Os animais mortos foram recolhidos por uma equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e um pela equipe da Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde.

Segundo a Prefeitura do Rio, os animais foram levados inicialmente para a Unidade de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, na Mangueira, para necrópsia e uma primeira avaliação, e posteriormente, serão encaminhados para a Fiocruz para a análise final.