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Russos podem começar a construir 'cidade suspensa' no Rio em 2019

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O presidente do Olympic City Group, da Rússia, Aleksei Semenyachenko, assinou nesta terça-feira (28), ao lado do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, uma carta de intenção para construir uma grande estrutura suspensa sobre a linha férrea que liga a Central do Brasil e o Maracanã, sobre a qual deverão ser instalados diversos empreendimentos.

Em cerimônia realizada no Palácio da Cidade, no bairro de Botafogo, representantes da Prefeitura e da empresa russa, que Crivella conheceu em maio, durante viagem a Moscou, explicaram que o documento firmado permite ao Olympic City Group realizar um estudo extenso sobre a viabilidade do projeto, do ponto de vista técnico, econômico e legal, o que não significa que o grupo será necessariamente responsável pelos trabalhos de construção.

As obras, previstas para começarem até o início de 2019, conforme explicou o secretário municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, Índio da Costa,  dependerão de um processo de licitação, baseado na análise realizada pela companhia. Mas, como já adiantou o prefeito, a empresa que assina a carta de intenção e faz os estudos preliminares, costuma vencer o edital em 95% dos casos. Se não vence, é ressarcida.

>> Crivella recebe de empresário russo carta de intenção para revitalização da Presidente Vargas

O ambicioso plano de revitalização do centro da capital fluminense consistirá na criação de lajes de concreto de 1 milhão de metros quadrados e 15 metros de altura no entorno da avenida Presidente Vargas, que também receberá outras melhorias. Além de praças, parques, lojas e prédios comerciais, também é cogitada a possibilidade de se estabelecer apartamentos residenciais na área, com características variadas.

O Olympic City Group terá em torno de seis meses para realizar o estudo de viabilidade do projeto, avaliado inicialmente em R$ 8 bilhões, que serão provenientes exclusivamente da iniciativa privada. O modelo de urbanização se baseará em Certificados do Potencial Adicional de Construção (Cepac), títulos usados para financiar Operações Urbanas Consorciadas que recuperam áreas degradadas nas cidades, tal qual ocorreu no Porto Maravilha. De acordo com o prefeito do Rio, a parte dos recursos que for destinada à Prefeitura será utilizada nos arredores do próprio empreendimento, "para que ele fique mais viável".

"Vai ter uma modernização de toda a avenida Presidente Vargas", disse ele, acrescentando que, mais para a frente, a ideia é modernizar também o trecho da ferrovia entre as estações do Méier e Santa Cruz, passando para o subterrâneo e criando, na superfície, parques, áreas verdes, como parte da iniciativa Rio Sem Muros. "Eu tenho certeza que, se esse projeto se realizar, nós teremos dado uma imensa contribuição para a cidade do Rio de Janeiro".

De acordo com o sócio brasileiro do grupo russo, Jorge Ramalho, a experiência da empresa em projetos similares, como o realizado em Moscou, mostra que é possível fazer algo ambicioso assim sem qualquer problema para a população. 

"Podemos construir uma nova cidade em cima dos trilhos, como unidades do Minha Casa Minha Vida ou mesmo um grande shopping. Na Rússia, o sistema de trens funciona 24 horas por dia e conseguimos desenvolver o projeto sem problemas. Vamos precisar da colaboração da população carioca", afirmou.

>> Sputnik