Apesar da liminar obtida pela Fetranspor, está mantida a paralisação de motoristas e cobradores de ônibus nesta terça-feira (21) das 4h às 9h. A finalidade é a de exigir o reajuste de 10% do salário, pagamento de atrasados, de cestas básicas, 13°salário, férias, INSS e auxílio alimentação. De acordo com Sebastião José, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Município do Rio, a orientação é a de manter 30% da frota funcionando como determina a lei. Ele afirma ainda que o setor já foi penalizado com a perda de mais de cinco mil postos de empregos até o momento, gerando incerteza e preocupação entre os profissionais.
"A categoria vive hoje um quadro de verdadeira calamidade, e nessa briga entre o Executivo municipal, Fetranspor e Judiciário, quem acaba sofrendo as consequências são os motoristas e cobradores. Caso as reivindicações não sejam aceitas pelos empresários, vamos deflagrar uma paralisação geral por tempo indeterminado no dia 30 deste mês. Não queremos prejudicar a população, mas essa situação de escravidão precisa ter um fim", disse.
Sebastião afirmou também que a situação está tão complicada que profissionais de várias empresas já comunicaram ao sindicato que elas não terão condições de pagar o 13°, o que trará um "dezembro negro" para a categoria. Hoje, de acordo com o sindicato, 11 empresas estão com o pagamento atrasado.