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Pezão vai à Justiça contra ministro da Justiça

Governo aponta crimes de prevaricação, calúnia, injúria e difamação

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O Governo do Estado do Rio de Janeiro vai interpelar judicialmente o ministro da Justiça, Torquato Jardim, para que o titular da pasta preste esclarecimentos sobre as declarações dadas a respeito da segurança pública do estado. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (1º) pelo secretário de Segurança, Roberto Sá.

O governador Luiz Fernando Pezão, que passou a tarde em reunião com o secretário e com o comando da Polícia Militar, assinou o documento judicial por volta das 17h desta quarta-feira.

No documento, a Procuradoria Geral do Estado (PGE), que protocolou a ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), acusa o ministro de cometer o crime de prevaricação, quando um funcionário público (no caso, um Ministro de Estado) retarda ou deixa de praticar ato de ofício, indevidamente, ou quando o pratica de maneira diversa da prevista no dispositivo legal, a fim de satisfazer interesse pessoal. 

A PGE também pede que Torquato seja interrogado e que, caso não se comprove as acusações feitas, que o titular da pasta incorra nos crimes de calúnia, injúria e difamação.

Veja o documento da Procuradoria Geral do Estado

Em breve pronunciamento à imprensa, o comandante-geral da PM, Coronel Wolney Dias, classificou como "absurdas" as declarações de Torquato a respeito da morte do comandante do 3º Batalhão da PM (Méier), Luiz Gustavo Teixeira, na última quinta-feira (26). Em entrevista nesta terça-feira (31), o ministro disse que trata-se de um "acerto de contas", e não de um assalto. 

''Esse coronel que foi executado ninguém me convence que não foi acerto de contas. Ninguém assalta dando dezenas de tiros em cima de um coronel à paisana, num carro descaracterizado. O motorista era um sargento da confiança dele”, afirmou o ministro. "Comandantes de batalhão são sócios do crime organizado no Rio", completou Jardim.

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